A Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República anunciou, semana passada, a identificação da ossada de Bergson Gurjão Farias, militante do PCdoB morto na Guerrilha do Araguaia, na região de Xambioá (TO), em 1972. O corpo foi identificado graças a novos avanços da tecnologia em exames de DNA. Quem se encarregou do trabalho foi o Laboratório Genomic, de São Paulo. Os especialistas utilizaram uma técnica de análise mais apurada, chamada mitocondrial.
Doze supostas ossadas de guerrilheiros foram recolhidas até o momento na região. Mas apenas dois corpos estão identificados: o de Farias e o de Maria Lúcia Petit da Silva. As outras dez ossadas continuam guardadas em armários do governo.
A mãe de Farias, Luiza Gurjão, que vive em Fortaleza (CE), declarou-se aliviada. Aos 94 anos, Luiza disse que tinha o sonho de morrer somente depois de enterrar os restos mortais do filho. Farias era estudante de química da Universidade Federal do Ceará. Em 1967, foi vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes da universidade.
Na última quarta-feira (8), um grupo de trabalho, comandado pelo Exército e com a participação de legistas, iniciou novas buscas na região do Araguaia. Quinze áreas vão ser vistoriadas pela equipe. Na sexta-feira (10), esgotou-se o prazo dado pela Justiça Federal para que o governo fornecesse informações às famílias sobre os corpos dos guerrilheiros mortos. (Fonte: Carta Capital)
terça-feira, 14 de julho de 2009
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