Do blog Quinta Emenda
Não anda nada bem o, digamos, fluxo de caixa entre anunciantes e/ou patrocinadores, de um lado, e mídias e fornecedores, de outro. Anda péssimo, pra falar a verdade. O setor da comunicação, como (quase) todos da economia brasileira e regional, sente os efeitos da crise ou da gestão, dos recursos e da crise.
No Pará, o fenômeno se verificou mais rapidamente, pois os grandes anunciantes/patrocinadores que alavancam a economia regional ou estão no comércio exterior ou nos grupos de varejo, e atravessam momentos difíceis. No caso do Estado, a mais forte mola do setor, a crise na informação segue a trilha da contenção de todas as outras áreas, mercê do desequilíbrio das contas e de alguns destrambelhos orçamentários na gestão como um todo.
Os passaralhos que se verificam em algumas redações, assessorias de comunicação, produtoras e demais fornecedores são o retrato da crise no setor. A turma da produção cultural especializada na captação de patrocínios, mesmo os que acenam com facilidades tributárias nos projetos culturais, também sente o impacto.
Quem não se vestiu de formiga, desde dezembro do ano passado, agora posa de cigarra amuada.
O jornalista Edir Gaya não é mais o diretor de redação do (jornal) Público (de Belém). Na versão ouvida pelo blog, Edir não suportou o atraso nos salários, uma situação realmente insuportável.
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Nota do blogger
Aqui em Parauapebas, a situação anda preta (ou vermelha mesmo) para alguns donos de jornal. Para se ter uma ideia, a cidade conta hoje com mais de 10 jornais circulando regularmente. São jornais que circulam duas vezes por semana (Correio do Pará, Carajás o Jornal, O Regional e Hoje), uma vez por semana (Impacto, Hora da Notícia e A Folha), duas vezes por mês (Jornal de Parauapebas, Folha Verde, Boca no Trombone e O Guardião) e outros que circulam de vez em quando.
A maioria desses jornais recebia apoio da prefeitura. Mas, de uns tempos para cá, a verba foi cortada, e aí a situação ficou difícil para dar continuidade à circulação de pelo menos dois grandes jornais que circulavam duas vezes por semana, obrigando-os a serem produzidos apenas uma vez semanalmente, com muita dificuldade.
O dono de um desses jornais teria inclusive colocado o veículo de comunicação à venda. Já o outro informativo chamou todos os funcionários que tinham carteira de trabalho assinada e deu baixa, com promessa de pagar as recisões e combinar um salário mais baixo para quem quiser ficar trabalhando.
De todos os jornais que circulam em Paruapebas, os que vêm crescendo mais, com redações dotadas de boas estruturas, são o Correio do Pará e Carajás o Jornal, localizados respectivamente nos bairros Rio Verde e União.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
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4 comentários:
A crise está em todos os setores. É verdade. Mas, sinceramente, me causa náuseas quando leio que numa cidade próspera como Parauapebas, circulam mais de 10 jornais (conforme está postado)e todos, como está escrito, recebiam, ou recebem uma ajuda financeira da Prefeitura. Isso é vergonhoso, degradante e só comprova o porque da péssima qualidade dos textos nos jornais daí. É claro que prá se submeterem às ordens do Prefeito, não estão nessas empresas nenhum JORNALISTA de verdade. É uma pena. Eu já tive oportunidade também de ler uma revista daí, que, pelo amor de Deus, nunca ví tanta incompetência num só espaço. Acho que está na hora de uma fiscalização mais rigorosa nessas empresas de comunicação. Não é possível que qualquer pessoa, sem nenhuma qualificação profissional, se auto-intitule jornalista, escreva o que bem quiser, em textos deconexos e desprovidos do mínimo de conhecimento, às custas de dinheiro sujo, formando opiniões equivocadas entre os leitores e envergonhando a população desse querido município de Parauapebas. É bom deixar claro que existem excessões. E você Zé Dudu, é uma dessas raríssimas, daí. Imprensa é coisa séria, gente! obrigado pela publicação.
Desculpe Valdir. Eu quero dizer, que nessas raras excessões estão você e o Zé Dudu. Deixando claro seu vínculo profissional. Grato.
Está claro porque os jornais de Parauapebas não merecem um mínimo de credibilidade! Uma vergonha.
Em Marabá também é a mesma coisa. Senão vejamos. O Correio do Tocantins emplacou um sócio da empresa na função de Assessor de Comunicação do Prefeito Maurino. Desde então, se você quiser saber a verdade da administração municipal, não é aconselhável ler o Correio do Tocantins. E tem mais. O Assessor criou uma Agência de Publicidade, que tem exclusividade da conta da prefeitura. É mole ou quer mais. Depois de tudo isso, a administração de Maurino é a melhor do Brasil nas páginas do CORREIO DO TOCANTINS. Êta imprensa paidégua...
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