Do leitor que se identifica apenas por Alexandro, recebi um e-mail, cujo conteúdo é um desabafo de quem está apaixonado. Ele pede que o encaixe nesse blog, procurando dessa maneira dizer indiretamente o que realmente ele sente por uma mulher. Para não se expor, os nomes são supostos. Espera que sua querida entenda a mensagem. Apenas melhorei o conteúdo da carta, ao meu estilo.
“Conheci uma mulher extraordinária, que à primeira vista achei-a bela, cativante, olhos lindos, transmitindo no olhar aquela certeza de tratar-se de pessoa segura. Vou chamá-la de ‘Segunda-Feira’, dia anterior ao domingo, que me faz lembrar alguém no tempo de adolescente de nome Dominga. Não sei o que aconteceu comigo. Foi vê-la e pronto! Fiquei cativado pela pessoa.
Vou confessar: sua atração diante de mim foi tão forte que quase não suportei em querer abraçá-la de imediato e beijá-la, naqueles lábios carnudos e cheios de sensualidade. Se assim não procedi, é porque não gosto de avançar o sinal, temendo ser atropelado ou sofrer decepção. No entanto, fiquei encantado em tudo que vi em Segunda-Feira. Não vou descrevê-la para não fazer inveja. Tem muito marmanjo por aí, de coração vazio igual a mim, querendo encosto.
Vou falar a verdade. Mulher igual a Segunda-Feira poucas existem no mundo. E digo, dirigindo-me a ela: quero ocupar seu coração, se já não estiver ocupado. Essa hipótese, quase descarto. Quando a vi, notei existir certa tristeza em seu olhar, demonstrando uma situação de nostalgia. Por isso, minha esperança é que um dia nos encontremos, e eu possa lhe revelar meus sentimentos.
Minha intenção neste e-mail dirigido a você, PC, é levar até Segunda-Feira meu desabafo. Tenho certeza que ela entenderá minha mensagem. Basta ler, neste espaço de coluna, da qual é leitora assídua, e saberá minhas intenções, entendendo de minhas intenções, lembrando-se do pouco tempo que estivemos juntos um do outro, e pelas palavras que lhes disse.
Beijos para Segunda-Feira: Alexandro”
A história de Alexandro fez-me lembrar de um amigo que tive no meu tempo de estudante, chamado Pedro Velho. Morávamos em uma pensão muito humilde, frequentada por jovens estudantes com recursos financeiros, mas esforçados, sem muita condição de gastar além do limite, pois nossa mesada era diminuta. Nossos pais mandavam dinheiro pouco, mal dando para as necessidades mais urgentes.
Pedro Velho, andando um dia pelo centro da cidade, encontrou uma linda mulher, que lhe deu certa atenção, conversando com ele demoradamente. Foi o bastante. Meu colega ficou apaixonado, afirmando ser amor à primeira vista. Como nunca mais a viu, colocou numa rádio local, num programa chamado Correio do Coração, um anúncio, nesses termos: “Jovem desesperado, apaixonado, procura mulher, baixa, loura, residente no bairro Vermelha, para continuarem conversa séria iniciada em frente ao Cine Rex, sobre futuro casamento. Resposta para PV”.
Quatro dias depois, no mesmo programa veio a resposta:
“Meu caro PV, estou satisfeita em você me querer. Graças a Deus vou ter alguém ao meu lado, ajudando-me a criar meus dois filhos de três e dois anos, cujos pais covardemente me abandonaram, e assumir minha terceira gravidez, de apenas dois meses. Estou à sua espera, aflita e desamparada”.
Beijos: Segunda-Feira”.
Pedro Cláudio M.Reis (PC) / E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br
“Conheci uma mulher extraordinária, que à primeira vista achei-a bela, cativante, olhos lindos, transmitindo no olhar aquela certeza de tratar-se de pessoa segura. Vou chamá-la de ‘Segunda-Feira’, dia anterior ao domingo, que me faz lembrar alguém no tempo de adolescente de nome Dominga. Não sei o que aconteceu comigo. Foi vê-la e pronto! Fiquei cativado pela pessoa.
Vou confessar: sua atração diante de mim foi tão forte que quase não suportei em querer abraçá-la de imediato e beijá-la, naqueles lábios carnudos e cheios de sensualidade. Se assim não procedi, é porque não gosto de avançar o sinal, temendo ser atropelado ou sofrer decepção. No entanto, fiquei encantado em tudo que vi em Segunda-Feira. Não vou descrevê-la para não fazer inveja. Tem muito marmanjo por aí, de coração vazio igual a mim, querendo encosto.
Vou falar a verdade. Mulher igual a Segunda-Feira poucas existem no mundo. E digo, dirigindo-me a ela: quero ocupar seu coração, se já não estiver ocupado. Essa hipótese, quase descarto. Quando a vi, notei existir certa tristeza em seu olhar, demonstrando uma situação de nostalgia. Por isso, minha esperança é que um dia nos encontremos, e eu possa lhe revelar meus sentimentos.
Minha intenção neste e-mail dirigido a você, PC, é levar até Segunda-Feira meu desabafo. Tenho certeza que ela entenderá minha mensagem. Basta ler, neste espaço de coluna, da qual é leitora assídua, e saberá minhas intenções, entendendo de minhas intenções, lembrando-se do pouco tempo que estivemos juntos um do outro, e pelas palavras que lhes disse.
Beijos para Segunda-Feira: Alexandro”
A história de Alexandro fez-me lembrar de um amigo que tive no meu tempo de estudante, chamado Pedro Velho. Morávamos em uma pensão muito humilde, frequentada por jovens estudantes com recursos financeiros, mas esforçados, sem muita condição de gastar além do limite, pois nossa mesada era diminuta. Nossos pais mandavam dinheiro pouco, mal dando para as necessidades mais urgentes.
Pedro Velho, andando um dia pelo centro da cidade, encontrou uma linda mulher, que lhe deu certa atenção, conversando com ele demoradamente. Foi o bastante. Meu colega ficou apaixonado, afirmando ser amor à primeira vista. Como nunca mais a viu, colocou numa rádio local, num programa chamado Correio do Coração, um anúncio, nesses termos: “Jovem desesperado, apaixonado, procura mulher, baixa, loura, residente no bairro Vermelha, para continuarem conversa séria iniciada em frente ao Cine Rex, sobre futuro casamento. Resposta para PV”.
Quatro dias depois, no mesmo programa veio a resposta:
“Meu caro PV, estou satisfeita em você me querer. Graças a Deus vou ter alguém ao meu lado, ajudando-me a criar meus dois filhos de três e dois anos, cujos pais covardemente me abandonaram, e assumir minha terceira gravidez, de apenas dois meses. Estou à sua espera, aflita e desamparada”.
Beijos: Segunda-Feira”.
Pedro Cláudio M.Reis (PC) / E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br
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