Zeferino Pesão. Assim é chamado por calçar sapato tamanho 45. É um nordestino do sangue quente, que nunca teve medo de desafios. Disse que leu a crônica que escrevi na edição passada, falando a respeito das pretensões de Dona Maroca, uma velha da pesada, em busca de um homem que lhe fizesse bem.
E gostou. Tanto é que se interessou pela importante figura. Tão interessado ficou que está se apresentando a mim, vindo bater à minha porta, ou seja, à porta da sala onde trabalho e escrevo, seguindo informação do meu amigo Waldyr Silva, editor do www.blogdowaldyr.blogspot.com.
Não chegou rodeando. Apenas se desculpou, afirmando não pretender importunar. Nas primeiras palavras foi logo direto ao assunto, dizendo o que queria, sem a mínima cerimônia:
Desejo conhecer a mulher, aquela distinta senhora, arrojada, disposta, cheia de predicados extraordinários, que o senhor a descreveu numa crônica no blogdowaldyr. Interessei-me por ela, pela maneira decidida de ser. Tenho 65 anos, muita disposição e carência afetiva.
Foi o bastante para eu ouvi-lo atentamente. Zeferino Pesão informou que é viúvo, vive sozinho, num casarão moderno de 12 cômodos, de sua propriedade. É um autêntico “solf-made men” (homem que se fez). Não é feliz. Seu único filho morreu em acidente aéreo, pilotando um avião bi-motor. Era um jovem esperançoso, deixando-o arrasado pela perca irreparável. Tragédia verificada menos de um ano depois da mãe dele ter falecido de parada cardíaca, pelo consumo prolongado de tabaco. As duas perdas lhe abalaram bastante, quase não suportando tanta dor.
Por opção pessoal, depois de alguns anos recolhido à solidão, quer voltar a viver numa boa novamente. Para tanto, precisa de alguém compreensivo e leal, que o ajude, na condição de companheira.
Ao ler a crônica “Uma velha enxuta”, sentiu um despertar diferente, que o fez pensar mudar de vida. Através de minha pessoa, deseja um contato direto com Dona Maroca.
Ouvi atentamente o senhor Zeferino Pesão e fiquei conjeturando:
Quem sabe! O mundo executa muitas voltas, às vezes preparando surpresas, inclusive, cruzando caminhos. Não custa nada tentar uma aproximação entre pessoas com as mesmas intenções.
Olhei para aquele senhor, alto, bem vestido, um “rolex” no pulso esquerdo, rodando uma chave no dedo, que reconheci ser de um carrão importado.
E gostou. Tanto é que se interessou pela importante figura. Tão interessado ficou que está se apresentando a mim, vindo bater à minha porta, ou seja, à porta da sala onde trabalho e escrevo, seguindo informação do meu amigo Waldyr Silva, editor do www.blogdowaldyr.blogspot.com.
Não chegou rodeando. Apenas se desculpou, afirmando não pretender importunar. Nas primeiras palavras foi logo direto ao assunto, dizendo o que queria, sem a mínima cerimônia:
Desejo conhecer a mulher, aquela distinta senhora, arrojada, disposta, cheia de predicados extraordinários, que o senhor a descreveu numa crônica no blogdowaldyr. Interessei-me por ela, pela maneira decidida de ser. Tenho 65 anos, muita disposição e carência afetiva.
Foi o bastante para eu ouvi-lo atentamente. Zeferino Pesão informou que é viúvo, vive sozinho, num casarão moderno de 12 cômodos, de sua propriedade. É um autêntico “solf-made men” (homem que se fez). Não é feliz. Seu único filho morreu em acidente aéreo, pilotando um avião bi-motor. Era um jovem esperançoso, deixando-o arrasado pela perca irreparável. Tragédia verificada menos de um ano depois da mãe dele ter falecido de parada cardíaca, pelo consumo prolongado de tabaco. As duas perdas lhe abalaram bastante, quase não suportando tanta dor.
Por opção pessoal, depois de alguns anos recolhido à solidão, quer voltar a viver numa boa novamente. Para tanto, precisa de alguém compreensivo e leal, que o ajude, na condição de companheira.
Ao ler a crônica “Uma velha enxuta”, sentiu um despertar diferente, que o fez pensar mudar de vida. Através de minha pessoa, deseja um contato direto com Dona Maroca.
Ouvi atentamente o senhor Zeferino Pesão e fiquei conjeturando:
Quem sabe! O mundo executa muitas voltas, às vezes preparando surpresas, inclusive, cruzando caminhos. Não custa nada tentar uma aproximação entre pessoas com as mesmas intenções.
Olhei para aquele senhor, alto, bem vestido, um “rolex” no pulso esquerdo, rodando uma chave no dedo, que reconheci ser de um carrão importado.
O senhor, então, se dispõe a conhecer a senhora Maroca, cuja finalidade é tentar um relacionamento sério?
É isso mesmo. Estou lhe procurando, porque vi a única maneira de contatá-la.
Conhece as suas exigências? O senhor se enquadra aos padrões que ela quer?
Sou honesto, realizado, inteiro, municiado, naquela base prevenida de quem tem a minha idade, e sabe que não pode cometer excessos.
Pronto! Quem manda escrever revelando que existem entre nós tipos raros iguais a Dona Maroca? Admiradores haverão de aparecer.
Nada me restou a fazer, senão pedir tempo e tentar cumprir a missão de “tocador de trombone”. Se instrumentar bem é uma minha qualidade, não sei. Apenas, digo-lhes: três dias depois, Dona Maroca e Zeferino Pesão estavam juntos, num restaurante, conversando em sala reservada, preparada a capricho, para encontros românticos, num jantar à luz de vela, cujo petisco eram frutos do mar, regado a champanhe francesa. As despesas correram por minha conta. Fiz questão.
Resultado. Foi amor à primeira vista. Tanto um como o outro não resistiram os atrativos mútuos da atração pessoal, logo se entendendo direitinho, unindo-se pelo matrimônio, menos de trinta dias depois, eu sendo o orgulhoso padrinho do casamento.
Os dois foram passar a lua de mel na praia de Jericoacoara, no litoral cearense. Hospedaram-se num hotel moderno, na suíte do terceiro andar. Foram trinta dias maravilhosos, naquele aconchego do vaivém, próprio de amantes esplêndidos.
Também pudera! Haja preparo! Dona Maroca ficou 15 dias sem regar as plantas, porque não tinha força para carregar o irrigador. Imagine o estado de Zeferino Pesão!
Pedro Cláudio M.Reis (PC) / E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br
É isso mesmo. Estou lhe procurando, porque vi a única maneira de contatá-la.
Conhece as suas exigências? O senhor se enquadra aos padrões que ela quer?
Sou honesto, realizado, inteiro, municiado, naquela base prevenida de quem tem a minha idade, e sabe que não pode cometer excessos.
Pronto! Quem manda escrever revelando que existem entre nós tipos raros iguais a Dona Maroca? Admiradores haverão de aparecer.
Nada me restou a fazer, senão pedir tempo e tentar cumprir a missão de “tocador de trombone”. Se instrumentar bem é uma minha qualidade, não sei. Apenas, digo-lhes: três dias depois, Dona Maroca e Zeferino Pesão estavam juntos, num restaurante, conversando em sala reservada, preparada a capricho, para encontros românticos, num jantar à luz de vela, cujo petisco eram frutos do mar, regado a champanhe francesa. As despesas correram por minha conta. Fiz questão.
Resultado. Foi amor à primeira vista. Tanto um como o outro não resistiram os atrativos mútuos da atração pessoal, logo se entendendo direitinho, unindo-se pelo matrimônio, menos de trinta dias depois, eu sendo o orgulhoso padrinho do casamento.
Os dois foram passar a lua de mel na praia de Jericoacoara, no litoral cearense. Hospedaram-se num hotel moderno, na suíte do terceiro andar. Foram trinta dias maravilhosos, naquele aconchego do vaivém, próprio de amantes esplêndidos.
Também pudera! Haja preparo! Dona Maroca ficou 15 dias sem regar as plantas, porque não tinha força para carregar o irrigador. Imagine o estado de Zeferino Pesão!
Pedro Cláudio M.Reis (PC) / E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br
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