quinta-feira, 30 de abril de 2009

Internet via rede elétrica pode virar realidade ainda este ano no Brasil

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) regulamentou recentemente a internet banda larga via rede elétrica, que já é testada em cidades brasileiras. A principal vantagem dessa tecnologia, que fornecerá acesso à web pela tomada, é o fato do aproveitamento de uma estrutura existente para chegar a regiões onde outras alternativas de acesso rápido ainda não estão disponíveis.

Para ser oferecida comercialmente, a internet via rede elétrica (também chamada de BPL, sigla em inglês para broadband over power lines) ainda depende de um acordo entre as empresas de telecomunicações e as concessionárias de energia elétrica.

Marcos de Souza Oliveira, gerente de engenharia do espectro da Anatel, acredita que essa tecnologia pode chegar oficialmente ao mercado no segundo semestre de 2009.

Os preços e velocidade desse serviço ainda não estão definidos. Testes já realizados no país mostram que a conexão pode chegar a 21 megabits por segundo (Mbps), mas essa velocidade não será, necessariamente, repassada em sua totalidade para os consumidores.

Para adotar a alternativa, os futuros usuários de BPL não precisarão fazer substituições no sistema elétrico, a não ser que esteja bastante deteriorado. O único investimento extra necessário para esse internauta é o modem BPL (com visual parecido ao de uma fonte para carregar bateria de notebooks), que leva a conexão da tomada até o PC.

Estrutura
Marcos Oliveira explica que a tecnologia é particularmente vantajosa, por dispensar a criação de uma estrutura considerada cara, como, por exemplo, a de cabeamento em regiões do país onde a internet rápida ainda não chega. Isso porque, no caso da BPL, a transmissão de dados é feita através da estrutura existente de distribuição de energia elétrica.

Os dados podem ser enviados diretamente do provedor de acesso para a rede elétrica, até chegar aos usuários. Também é possível mesclar a forma de transmissão onde já existem outras estruturas: a conexão pode ser feita via cabo a partir do provedor até a região de um prédio. Se o edifício não tiver cabeamento, por exemplo, a conexão pode continuar sendo feita via rede elétrica até os apartamentos.

Para os usuários dessa alternativa, a conta de luz continuará separada daquela referente à web. “Trata-se da mesma estrutura, mas usada para fins diferentes. Em vez de transmitir somente luz, a fiação elétrica também passará a fornecer acesso à internet”, explicou o engenheiro da Anatel. Segundo ele, cada tipo de transmissão será feita através de frequências diferentes e, por isso, um serviço não vai interferir no outro. (Fonte: G1)

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