quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Parque Zoobotânico em Carajás devolve sucuri operada à natureza


Uma equipe do Parque Zoobotânico Vale (PZV) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) fez na última terça-feira (15), em Parauapebas, a devolução de uma sucuri à natureza. O animal, de 1,80 cm, recebeu alta após cinco meses de tratamento e recuperação na área de quarentena do PZV.
A sucuri foi encaminhada ao Parque em agosto do ano passado pelo ICMBio, com ferimentos causados após engolir um anzol nos arredores de Parauapebas. A serpente passou por uma cirurgia para retirar o objeto que estava preso na região do esôfago, numa operação bem sucedida e, desde então, o espécime ficou sob os cuidados veterinários.
De acordo com o biólogo Josafá Chaves, o período de cinco meses após a cirurgia em que a sucuri ficou em observação antes de ser devolvida à natureza ocorreu porque animais deste tipo têm o metabolismo muito lento para cicatrizar o ferimento.
Frederico Drumond, chefe do ICMBio em Parauapebas, explica que, ao ser devolvida às matas da Flona, a cobra não corre risco de morte, pois ela passou apenas cinco meses longe de seu habita natural.
Por sua vez, o veterinário André Mourão esclarece que o procedimento cirúrgico efetuado na sucuri foi bastante simples, em virtude de o anzol encontrado no ventre dela não ter atingido órgãos vitais da serpente.
LENDAS
As sucuris são serpentes da família Boidae, de hábitos aquáticos e de grande porte. As fêmeas são maiores que os machos e atingem maturidade sexual por volta dos seis anos de idade. Há muitos contos sobre ataques destas serpentes a seres humanos, no entanto, a maioria dos casos é fantasiosa, principalmente no que diz respeito ao seu tamanho real.
A maior sucuri da qual se tem relato foi encontrada no início do século XX pelo marechal Cândido Rondon, que, segundo a fonte, media 11,5 cm. Contudo, a maioria das grandes sucuris apresenta de 5 a 6 metros de comprimento.
PARQUE
Inaugurado em março de 1985, o Parque Zoobotânico Vale ocupa uma área na Floresta Amazônica de 30 hectares, localizada no coração da Floresta Nacional de Carajás, unidade de conservação federal preservada e fiscalizada pelo ICMBio, com o apoio da Vale.
O PZV é mantido e administrado pela Vale e conta com veterinário, biólogo, identificador botânico, técnicos em meio ambiente, técnico em enfermagem, tratadores e equipe administrativa. Dos 30 hectares que ocupa, apenas 30% foram utilizados para a construção de recintos e área de apoio. O restante é floresta nativa.
O Parque mantém atualmente um plantel de mais de 270 animais nativos da região amazônica. Entre as espécies existem algumas ameaçadas de extinção, como onça-pintada, arara azul grande, ararajuba, macaco-aranha-da-testa-branca e macaco cuxiú. O espaço contribui na conservação das espécies, servindo como estoque genético e formando profissionais especializados para trabalhar em benefício da fauna e da flora do Brasil. (Waldyr Silva, com informações da Assessoria de Imprensa
da Vale e da TV Liberal)

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