Fotos: Ronaldo Modesto
Cristina Carmona
Em sua avaliação, mesmo que ela admita ser lésbica, ela não usaria um banheiro que tivesse na porta a inscrição LGBT, “porque eu sou mulher, independentemente de minha opção sexual. Da mesma forma é um gay não assumido”.
O problema surgiu em Parauapebas porque algumas mulheres heterossexuais vêm reclamando a presença de homossexuais usando as toaletes femininas em bares, restaurantes e casas noturnas, situação que viria provocando constrangimentos às mulheres.
Talvez pensando em resolver este problema, o dono de uma boate em Parauapebas construiu banheiros destinados a mulheres, homens e LGBT, mas Cristina Carmona discorda da iniciativa, por considerá-la discriminativa, uma forma de exclusão.
A líder do movimento pró-homoafetivo lembra que em alguns grandes centros do país casas noturnas criaram banheiros para homens, mulheres e LGBT, mas essa ação foi recusada pela categoria, “pois é uma discriminação, e agora inventaram isso em Parauapebas”, reclama...
Com relação aos travestis, Cristina Carmona diz que, por lei, eles podem e devem usar o banheiro feminino, porque a orientação sexual deles é feminina, e por isso seriam constrangidos e até humilhados se usassem o banheiro destinado aos homens.
“As mulheres têm que entender que eles estão vestidos com trajes femininos, pensam e agem como mulher e suas orientações sexuais são femininas”, justifica Carmona, acrescentando que dia desses numa casa noturna do Bairro da Paz um travesti amigo dela foi agredido fisicamente por um segurança do estabelecimento por ter usado o banheiro feminino.
Indagada pela reportagem sobre a quantidade de lésbicas, gays, bissexuais e travestis existentes em Parauapebas, Ana Cristina Carmona informou que a cidade conta com cerca de mil pessoas publicamente assumidas.
Na opinião da comerciante Vanete Pereira, mulher homossexual deve usar o banheiro masculino, enquanto o homossexual masculino deve utilizar o espaço destinado às mulheres, “porque o que está em questão é anatureza humana”, completa.
“Eu mesma já presenciei travesti usando o banheiro junto comigo, mas nenhum deles me desrespeitou, exibindo a genitália, até porque eles mijam agachados, igual a nós, mulheres”, conta Vanete Pereira.
Ouvido pela reportagem, Antonio Carlos Lobato Medeiros, o popular “DJ Lobato”, da boate Pirâmide, ratifica que a casa noturna construiu uma toalete exclusiva para GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), mas garante que o espaço é opcional, usa quem se enquadrar na categoria.
“Nos três anos de existência de nossa boate, sempre fomos elogiados em poder proporcionar um espaço privado para quem quiser usá-lo, mas se alguém ou algum movimento ou entidade se sentir ofendido, estamos abertos ao diálogo para reverter a situação”, frisou o DJ Lobato, dizendo-se surpreso com a reação da líder do movimento pró-homoafetivo. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
Cristina Carmona
DJ Lobato
Ana Cristina Carmona, residente na Rua Araguaia, Bairro da Paz, em Parauapebas, líder do movimento de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis) e do Instituto Abrace a Diversidade, diz à reportagem que a disponibilização de banheiros exclusivos em boates e outros locais destinados à categoria é uma ofensa à classe de homoafetivos.Em sua avaliação, mesmo que ela admita ser lésbica, ela não usaria um banheiro que tivesse na porta a inscrição LGBT, “porque eu sou mulher, independentemente de minha opção sexual. Da mesma forma é um gay não assumido”.
O problema surgiu em Parauapebas porque algumas mulheres heterossexuais vêm reclamando a presença de homossexuais usando as toaletes femininas em bares, restaurantes e casas noturnas, situação que viria provocando constrangimentos às mulheres.
Talvez pensando em resolver este problema, o dono de uma boate em Parauapebas construiu banheiros destinados a mulheres, homens e LGBT, mas Cristina Carmona discorda da iniciativa, por considerá-la discriminativa, uma forma de exclusão.
A líder do movimento pró-homoafetivo lembra que em alguns grandes centros do país casas noturnas criaram banheiros para homens, mulheres e LGBT, mas essa ação foi recusada pela categoria, “pois é uma discriminação, e agora inventaram isso em Parauapebas”, reclama...
Com relação aos travestis, Cristina Carmona diz que, por lei, eles podem e devem usar o banheiro feminino, porque a orientação sexual deles é feminina, e por isso seriam constrangidos e até humilhados se usassem o banheiro destinado aos homens.
“As mulheres têm que entender que eles estão vestidos com trajes femininos, pensam e agem como mulher e suas orientações sexuais são femininas”, justifica Carmona, acrescentando que dia desses numa casa noturna do Bairro da Paz um travesti amigo dela foi agredido fisicamente por um segurança do estabelecimento por ter usado o banheiro feminino.
Indagada pela reportagem sobre a quantidade de lésbicas, gays, bissexuais e travestis existentes em Parauapebas, Ana Cristina Carmona informou que a cidade conta com cerca de mil pessoas publicamente assumidas.
Na opinião da comerciante Vanete Pereira, mulher homossexual deve usar o banheiro masculino, enquanto o homossexual masculino deve utilizar o espaço destinado às mulheres, “porque o que está em questão é anatureza humana”, completa.
“Eu mesma já presenciei travesti usando o banheiro junto comigo, mas nenhum deles me desrespeitou, exibindo a genitália, até porque eles mijam agachados, igual a nós, mulheres”, conta Vanete Pereira.
Ouvido pela reportagem, Antonio Carlos Lobato Medeiros, o popular “DJ Lobato”, da boate Pirâmide, ratifica que a casa noturna construiu uma toalete exclusiva para GLBTT (Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), mas garante que o espaço é opcional, usa quem se enquadrar na categoria.
“Nos três anos de existência de nossa boate, sempre fomos elogiados em poder proporcionar um espaço privado para quem quiser usá-lo, mas se alguém ou algum movimento ou entidade se sentir ofendido, estamos abertos ao diálogo para reverter a situação”, frisou o DJ Lobato, dizendo-se surpreso com a reação da líder do movimento pró-homoafetivo. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
2 comentários:
Os homossexuais em questão, fazem tempestade em copo d'agua. O estabelecimento não está proibindo que uma lésbica entre no banheiro feminino e nem que o homem gay entre no banheiro masculino.
Esta medida, a meu ver, foi tomada para evitar que gays entrem em banheiro feminino e lésbicas em banheiro masculino. Isso evita que as pessoas sejam surpreendidas pela presença do sexo oposto durante suas necessidades. Só isso.
Não entendi o motivo da revolta.
Boa noite meu querido e estimado amigo e colega jornalista Waldir Silva!
Estou vendo a hora das autoridades brasileiras criarem também as delegacias de polícia com seus respectivos "aposentos" para homossexuais homens, e homossexuais mulheres.
Porque também da forma que são as delegacias na política atual, homossexuais homens são presos com heterosexuais, já que eles se consideram mulheres, a justiça está infringido as leis que regem o sistema carcerário do Brasil.
Como também as lésbicas que são encarceradas com mulheres hetero, a maioria delas se sentem homem.
Em síntese, os governos estaduais terão de instalar quatro tipo de delegacias com suas respectivas "hospedagem" para atender essas diferenças de seres "diferentes".
Abraço. Valter Desiderio Barreto.
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