Fotos: Ronaldo Modesto e Waldyr Silva
Vereador José Adelson
Secretário Alex Pamplona
Hospital municipal
A Oscip Bem Viver foi uma opção que o governo municipal encontrou para resolver o problema de saúde em Parauapebas, porque havia uma insatisfação popular muito grande quanto aos serviços oferecidos à população.
Um ano depois de sua atuação, os números de desempenhos apresentados pela Oscip, de acordo com José Adelson, não revelam avanço com relação à administração anterior. “Pelo contrário: os números do Ministério da Saúde mostram que os serviços de saúde no município regrediram ou estagnaram, muito embora tenha havido um gasto superior comparado com a gestão passada da Secretaria Municipal de Saúde”, assevera o pedetista.
O vereador explica que em 2010 foi aplicado na saúde do município um orçamento de R$ 60.125.000,00, enquanto que em 2011, na gestão da Oscip, o investimento chegou a R$ 122.661.000,00, um aumento de mais de 100%.
José Adelson acrescenta que na gestão passada o então secretário municipal de Saúde, Evaldo Benevides, deixou prontos três postos de saúde nos bairros Liberdade II, Jardim Canadá e no Bairro da Paz, mas até hoje eles não foram inaugurados para atender à população...
“Como se não bastasse, o ex-secretário deixou cerca de R$ 1 milhão para aquisição de equipamentos para os três postos de saúde, mas o dinheiro foi remanejado para outro destino”, denuncia, adicionando que foi deixada também a importância de R$ 700 mil para a compra de uma ambulância, mas a viatura não foi comprada.
O vereador dispara ainda que no ano passado a Bem Viver gastou R$ 26.367.000,00 para manutenção do hospital municipal, enquanto que na gestão anterior, em 2010, os gastos chegaram em torno de apenas R$ 5 milhões.
Ele critica também que a atual gestão da Saúde deixou consideravelmente de investir na prevenção de endemias, fato que tornou o município de Parauapebas como campeão em casos de dengue no Pará. “Para se ter uma ideia da situação, em 2010 o município registrou 326 casos de dengue e no ano seguinte foram confirmados 1.429 casos da doença. Isso confirma o descaso com a saúde pública no município”, alfineta José Adelson.
SECRETÁRIO DISCORDA
Procurado pela reportagem na manhã da última quinta-feira (29), o secretário municipal de Saúde, Alex Ohana Pamplona, discorda que a Oscip Bem Viver venha causando prejuízo ao município.
Alex Pamplona diz que recebeu o hospital municipal com vários problemas de gestão. Ele sustenta que a UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), por exemplo, não funcionava a contento, mas hoje ela funciona 24 horas com três médicos, “uma prova de que a gestão da Oscip vem sendo exemplar”.
O secretário admite, porém, que ainda encontra dificuldades em contratar médicos para algumas especialidades, como também no cumprimento de horário de trabalho desses profissionais. Explica que na gestão anterior o hospital atendia a uma média diária de até cinco mil pacientes, mas agora, “com a melhoria dos serviços”, o atendimento saltou para 11 mil pacientes/mês.
O titular da Secretaria Municipal de Saúde acrescenta que antes da Oscip o gasto médio mensal com o hospital era cerca de R$ 2,8 milhões, o que daria R$ 33,6 milhões por ano, e que o orçamento geral para a saúde no ano passado foi R$ 92.272 mil. “Deste valor, mais de R$ 60 milhões foram destinados para aquisição de móveis e equipamentos para o novo hospital”.
O secretário diz ainda que a gestão anterior não deixou os postos de saúde construídos e que o governo está avaliando a atuação da Oscip neste primeiro ano, para decidir se renova ou não o contrato.
Emergência do HMP
De posse de dados oficiais colhidos do site do Ministério da Saúde, o vereador José Adelson (PDT) denuncia que a Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) Bem Viver, que foi contratada no ano passada pela Prefeitura de Parauapebas para administrar o hospital municipal “Teófilo Soares”, vem causando enormes prejuízos aos cofres públicos do município.A Oscip Bem Viver foi uma opção que o governo municipal encontrou para resolver o problema de saúde em Parauapebas, porque havia uma insatisfação popular muito grande quanto aos serviços oferecidos à população.
Um ano depois de sua atuação, os números de desempenhos apresentados pela Oscip, de acordo com José Adelson, não revelam avanço com relação à administração anterior. “Pelo contrário: os números do Ministério da Saúde mostram que os serviços de saúde no município regrediram ou estagnaram, muito embora tenha havido um gasto superior comparado com a gestão passada da Secretaria Municipal de Saúde”, assevera o pedetista.
O vereador explica que em 2010 foi aplicado na saúde do município um orçamento de R$ 60.125.000,00, enquanto que em 2011, na gestão da Oscip, o investimento chegou a R$ 122.661.000,00, um aumento de mais de 100%.
José Adelson acrescenta que na gestão passada o então secretário municipal de Saúde, Evaldo Benevides, deixou prontos três postos de saúde nos bairros Liberdade II, Jardim Canadá e no Bairro da Paz, mas até hoje eles não foram inaugurados para atender à população...
“Como se não bastasse, o ex-secretário deixou cerca de R$ 1 milhão para aquisição de equipamentos para os três postos de saúde, mas o dinheiro foi remanejado para outro destino”, denuncia, adicionando que foi deixada também a importância de R$ 700 mil para a compra de uma ambulância, mas a viatura não foi comprada.
O vereador dispara ainda que no ano passado a Bem Viver gastou R$ 26.367.000,00 para manutenção do hospital municipal, enquanto que na gestão anterior, em 2010, os gastos chegaram em torno de apenas R$ 5 milhões.
Ele critica também que a atual gestão da Saúde deixou consideravelmente de investir na prevenção de endemias, fato que tornou o município de Parauapebas como campeão em casos de dengue no Pará. “Para se ter uma ideia da situação, em 2010 o município registrou 326 casos de dengue e no ano seguinte foram confirmados 1.429 casos da doença. Isso confirma o descaso com a saúde pública no município”, alfineta José Adelson.
SECRETÁRIO DISCORDA
Procurado pela reportagem na manhã da última quinta-feira (29), o secretário municipal de Saúde, Alex Ohana Pamplona, discorda que a Oscip Bem Viver venha causando prejuízo ao município.
Alex Pamplona diz que recebeu o hospital municipal com vários problemas de gestão. Ele sustenta que a UCI (Unidade de Cuidados Intermediários), por exemplo, não funcionava a contento, mas hoje ela funciona 24 horas com três médicos, “uma prova de que a gestão da Oscip vem sendo exemplar”.
O secretário admite, porém, que ainda encontra dificuldades em contratar médicos para algumas especialidades, como também no cumprimento de horário de trabalho desses profissionais. Explica que na gestão anterior o hospital atendia a uma média diária de até cinco mil pacientes, mas agora, “com a melhoria dos serviços”, o atendimento saltou para 11 mil pacientes/mês.
O titular da Secretaria Municipal de Saúde acrescenta que antes da Oscip o gasto médio mensal com o hospital era cerca de R$ 2,8 milhões, o que daria R$ 33,6 milhões por ano, e que o orçamento geral para a saúde no ano passado foi R$ 92.272 mil. “Deste valor, mais de R$ 60 milhões foram destinados para aquisição de móveis e equipamentos para o novo hospital”.
O secretário diz ainda que a gestão anterior não deixou os postos de saúde construídos e que o governo está avaliando a atuação da Oscip neste primeiro ano, para decidir se renova ou não o contrato.
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