sábado, 3 de março de 2012

Trabalhadores fazem manifestação na portaria de acesso a Carajás

Fotos: Waldyr Silva


Jean Silva Rodrigues

Reinaldo da Silva Veras

Centenas de trabalhadores do Consórcio Camter Paranasa, que presta serviço para a mineradora Vale, realizaram na manhã desta sexta-feira (2), no período das 6 às 9 horas, uma manifestação em frente à portaria da Flona Carajás que dá acesso à Serra de Carajás, em Parauapebas, para protestar contra a falta de pagamento do salário e de horas extras.

Além do atraso no pagamento do salário, os trabalhadores reclamam também da qualidade do alimento servido pela empresa em Carajás. “A empresa não cumpre com os abonos prometidos, não paga hora extra e serve até comida estragada com rato no feijão”, denunciou para a reportagem o pedreiro Jean Silva Rodrigues.

O servente Reinaldo da Silva Veras avisou que os trabalhadores só voltariam ao trabalho quando a empresa atendesse ao pleito da categoria, “porque não é admissível que nós trabalhadores sejam tratados como animais”, protestou.

Durante a manifestação, que durou cerca de três horas, foi grande a movimentação de pessoas e de veículos querendo subir ou descer a serra, uma vez que os trabalhadores em protesto impediam o tráfego na portaria de casso a Carajás...

Um funcionário da Vale chegou a pedir que os trabalhadores fizessem a manifestação mas sem atrapalhar a movimentação dos demais trabalhadores de empresas que precisavam subir a serra para assumir suas funções.

Para acabar com o protesto, foi preciso a invenção de uma guarnição da Polícia Militar, sob o comando do próprio comandante da corporação, ten-cel. Roberto Coracy, que ordenou aos trabalhadores para não atrapalharem a movimentação de veículos que precisavam subir ou descer a Serra dos Carajás.

Depois disso, os trabalhares foram orientados por sindicalistas da categoria a deixarem o local, na promessa de que o sindicato negociaria diretamente com a direção da empresa para resolver as pendências reivindicadas.

A reportagem conversou com um representante do sindicato, mas ele não quis gravar entrevista e nem tampouco adiantar quais seriam os procedimentos a serem tomados para resolver o impasse.

No escritório da empresa Paranasa, localizado na Av. Presidente Kennedy nº 115, Bairro Beira Rio, em Parauapebas, ninguém também quis falar à imprensa, sob a alegação de que o assunto era coisa interna da empresa e que as providências já estariam sendo tomadas.

Em off, um funcionário da empresa negou que o refeitório sirva comida estragada aos trabalhadores. Quanto aos salários atrasados, alegado pelos trabalhadores, o funcionário informou que houve apenas uma diferença salarial, cujo erro já estaria sendo corrigido.

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