CRÔNICAS DO PC
Sou amigo de um casal decente, que na convivência do lar e nos lugares onde freqüenta exprime o mais terno amor entre eles, transmitindo para quem observa uma motivação maior de vida feliz a dois.
Os dois vivem conforme as maneiras mais sábias de convivência, apoiando-se das interpretações profundas de pensadores conhecidos ou anônimos, que criaram frases como “Viver é consumir-se de amor, dialogar, pender-se nos outros. A vida é interpenetração total das almas e do coração”.
Vicente Reis é um músico formado e Gil, sua mulher, é teatróloga, atriz e dirige uma oficina de arte cênica, contribuindo para o desenvolvimento cultural da terra.
O que me faz admirar o casal é sua maneira solidária de viver. Vicente e Gil estão sempre dispostos a ajudar quem os procura necessitando de orientação, para executar algum trabalho dentro das áreas especificas.
Fazem questão de serem úteis, com aquela maneira delicada de servir. Quase diariamente os vejos nas dependências da Coordenadoria de Cultura, onde prestam serviço, sempre atarefados pela organização de inúmeros eventos culturais praticados na cidade.
Vicente e Gil formam uma história exemplar de amor e dedicação. Os conhecendo, os observando, levei em conta o que sempre acontece comigo diante das figuras esplêndidas e que merecem ser mostradas como exemplo de bem viver. Inspirado no casal, lembrei de uma linda história relacionada ao amor, que li e guardei nos arquivos. Acho que se parece com eles.
“Em uma ilha fluvial moravam a Alegria, a Tristeza, a Riqueza, a Vaidade, a Sabedoria e o Amor. O governo resolveu construir uma barragem hidrelétrica, aproveitando uma fabulosa queda d’água existente na cabeceira do rio.
Um dia, avisaram que a ilha seria inundada. Sem perda de tempo, todos correram para outro lugar próximo que ficava mais alto. Somente o Amor desejou ficar mais um pouquinho naquela ilha que tanto amava.
Só quando a ilha já estava sendo inundada, o Amor se deu conta do perigo e começou a pedir ajuda. A Riqueza vinha passando em seu barco e o Amor pediu: ‘Leve-me em sua companhia, Riqueza’. A Riqueza respondeu: ‘Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata. Não tem lugar para mais ninguém’.
Daqui a pouco se aproximou a Vaidade. E o Amor suplicou: ‘Vaidade, salve-me, por favor’. E a Vaidade, cheia de orgulho, respondeu: ‘Ensopada dessa maneira, meu barco ficará molhado! Desculpe-me’.
Logo em seguida veio passando a Tristeza, remando seu pesado e escuro barco. O Amor implorou aflito: ‘Tristeza, ajuda-me’. A Tristeza, de cara feia, respondeu: ‘Não posso. Estou triste demais. Preciso ficar sozinha’.
Em seguida passou a Alegria, que nem notou a angústia do Amor. O Amor já estava se afogando quando se aproximou da ilha um velhinho remando um barco muito antigo. O ancião, que conhecia o Amor muito bem, disse: ‘Sobe Amor. Vamos juntos para lugar seguro’.
Quando chegou ao monte onde já estavam os demais sentimentos, alegres e felizes, o Amor desceu rápido para abraçar a todos, sem mágoa nenhuma e se esqueceu de agradecer o seu benfeitor. O velhinho seguiu adiante remando, tranqüilo, o seu velho barco. ‘Sou, então, o Amor?’, perguntou a Sabedoria, que a tudo observava, com a cara sorridente.
‘Sabedoria, quem é aquele velinho tão calmo e humilde que me salvou’? A Sabedoria, serena como sempre, respondeu: ‘Aquele velhinho é o tempo’! E explicou: ‘Só o tempo é capaz de fazer nascer, permanecer, entender e salvar o amor dos perigos que corre’.
Vicente e Gil são uns exemplos de Tempo entre nós”.
Pedro Cláudio de Moura Reis (PC)
E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br
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Um comentário:
Waldyr,
Publica essa: Candidatura de Darci Lermen INDEFERIDA pelo Cartório Eleitoral de Parauapebas. Dá uma corzinha no seu blog chapa branca.
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