terça-feira, 30 de julho de 2013

Movimento pede fim de violência

O assassinato do empresário Altamiro Borba Soares, 38 anos, no último dia 22, quando ele entrava em uma agência bancária de Parauapebas para depositar a renda dos postos de combustíveis que gerenciava, provocou sentimento de pesar e revolta na cidade, onde a violência cresce, sem controle, dia a dia. A indignação de boa parte da população resultou em manifestação na tarde desta segunda-feira (29), uma semana depois do crime, na Praça de Eventos.
Centenas de pessoas, portando cartazes e faixas com protestos contra a criminalidade, compareceram ao local, onde aconteceram discursos e encenações, alertando às autoridades sobre a sensação de medo e insegurança que vem, há muito, se instalando na cidade, e que culminou com a morte de Altamiro, ex-secretário municipal e pessoa muito conhecida e benquista em Parauapebas, nos meios empresarial e político.
O advogado Jakson Sousa Silva, presidente da Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Parauapebas, declarou à reportagem que a morte do Altamiro Borba foi o estopim para que a cidade "acordasse" e fosse à praça pedir paz e, principalmente, segurança, não só pelo assassinato do empresário, mas de tantas outras pessoas que já foram vítimas fatais da violência.
"Junto com algumas entidades, como a Câmara Municipal, Acip (Associação Comercial e Industrial de Parauapebas) e CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), fizemos uma reunião na semana passada e resolvemos fazer essa manifestação, para que as autoridades acordem e o Governo do Estado nos ajude a resolver esses problemas", explicou o advogado.
Segundo Jakson, hoje a sociedade está participando dos processos de segurança pública emitindo opinião. "E a nossa instituição, a OAB, como garantidora dos direitos humanos e da segurança pública, está aqui para prestigiar e cobrar das autoridades a efetiva atuação nas nossas comunidades, como tem de ser feito", concluiu.
Altair Borba Soares, ex-vereador da Câmara Municipal de Parauapebas e irmão de Altamiro, informou que a família dele mora em Parauapebas há muitos anos. "Infelizmente, por causa de alguns elementos que não têm amor a Deus, a violência levou o meu irmão Altamiro", lamentou.
Ele lembra que essa violência não acontece só em Parauapebas, mas em muitos outros lugares, em que há pessoas perdendo irmãos e filhos. "Não é isso que queremos; esperamos viver, trabalhar em paz, com tranquilidade, para poder criar nossos filhos e ajudar esta cidade a se desenvolver", destaca.
Altair Borba disse que a manifestação teve o objetivo de cobrar das autoridades justiça, para que a violência diminua e que haja investimentos em segurança pública, aumentando o número de policiais civis e militares na cidade.
"A cidade cresce e o governo não acompanha esse crescimento. Já não aguentamos mais essa situação; tem senhoras sendo assaltadas e estupradas constantemente na cidade. E hoje, como familiar de uma vítima, estamos aqui para fortalecer esse movimento. Hoje foi um membro da minha família, mas poderia ser de qualquer um”, encerrou Altair Borba. (Vela Preta/Eleutério Gomes)

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