O Ibama autuou treze desmatamentos não autorizados, que somaram 2,3 mil hectares, efetuados na fazenda Lagoa do Triunfo, durante a operação Guardiões da Amazônia - Goianos IV, que acontece desde 21 de outubro em São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Com 141,2 mil hectares, a fazenda é quase do tamanho do município de São Paulo e pertence ao grupo Agropecuária Santa Bárbara Xinguara S.A., que acabou multado em R$ 23 milhões. As áreas de floresta nativa ou em regeneração destruídas ilegalmente pelo empreendimento, entre os anos de 2007 e 2010, equivalem juntas a duas vezes o bairro do Morumbi na capital paulistana. Todos os desmatamentos irregulares foram embargados. Dois tratores, flagrados desflorestando, também acabaram apreendidos.
Os fiscais ainda identificaram, nos limites da Lagoa do Triunfo, um total de 1,4 mil hectares de áreas de pastagens queimadas. A multa pelo uso do fogo sem licença ambiental chegou a R$ 2,9 milhões.
O Ibama também vistoriou todas as áreas já embargadas do empreendimento em razão de vários desmatamentos autuados deste 2007 e constatou o descumprimento em quatro grandes extensões, que totalizaram 4,3 mil hectares.
Por ter utilizado as áreas embargadas para atividade pecuária, impedindo a recuperação do meio ambiente, a Agropecuária Santa Bárbara foi penalizada em mais R$ 1,5 milhão. No total, o grupo acabou multado em R$ 27,9 milhões.
A fazenda Lagoa do Triunfo, que reúne sete grandes propriedades adquiridas pela Santa Bárbara, está localizada dentro da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu. Atualmente, segundo o gerente do negócio, existem 85 mil cabeças de gado na fazenda.
A operação Guardiões da Amazônia - Goianos IV já aplicou, desde o início das fiscalizações, R$ 36,1 milhões em multas por desmatamento e R$ 3,9 milhões por queimadas ilegais. A operação, que conta com apoio do helicóptero Ibama V, permanece na região sem prazo para se encerrar.
Município campeão em desmatamentos, São Félix do Xingu lidera os desmates no Pará, segundo dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes). De agosto de 2009 até agosto de 2010, o município destruiu 15,9 mil hectares de florestas, extensão equivalente à metade da cidade de Fortaleza (CE). A região também foi uma das que mais fizeram uso do fogo sem autorização ambiental neste ano. No auge da seca, em agosto, o município de São Félix respondeu, sozinho, por 30,6% dos focos de calor registrados no Pará, 19.727 dos 64.443. (Fonte: Redacão Ecoamazônia)
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
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