O Ministério Público (MP) do Pará discorda da licença ambiental concedida à Vale para construção de uma usina termoelétrica, no município de Barcarena, e poderá entrar com ação na justiça solicitando a suspensão do projeto. A licença foi liberada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente do Pará (Coema), por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente.
Para o promotor Raimundo Morais, a usina termoelétrica de Barcarena representa uma ameaça ambiental por causa da grande quantidade de carbono que será despejada na atmosfera.
"São mais de dois milhões e meio de toneladas de carbono por ano, o que significa um volume equivalente à emissão de todos os carros do Rio de Janeiro durante um ano", anunciou o promotor.
A Vale informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que os padrões adotados nos estudos de emissão de gases da futura usina estão de acordo com critérios do Banco Mundial e do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). A empresa assegura ainda que a termoelétrica vai utilizar tecnologia limpa e moderna que reduzem, em mais de 90%, as emissões de carbono.
Raimundo Morais discorda das explicações da Vale sobre a tecnologia que será usada na termoelétrica para reduzir a emissão de gases de carbono.
"As melhores tecnologias são muito mais eficientes do que essa que a Vale está apresentando. Como ela é mais cara, a Vale optou pela mais barata, que é mais suja. É muito fácil você gerar energia, gerar riqueza, transferindo para a sociedade os custos desse processo", observou o promotor. (Leandro Martins/Rogério Almeida)
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
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