Por ser longo, o estudo será publicado neste blog em várias partes.
Vamos lá, então, à primeira delas.
1. HISTÓRICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O sistema de abastecimento de água do município de Parauapebas foi inicialmente projetado para atender a uma população de cinco mil habitantes, através de um sistema de captação de água do rio Parauapebas. Entretanto, devido às falhas nas instalações, a captação e o tratamento de água não foram suficientes para encher o reservatório elevado, localizado no bairro Cidade Nova, mesmo funcionando em regime contínuo.
Em face a este problema, a então CVRD, em parceria com a Prefeitura de Parauapebas, apresentou ao Banco Mundial um projeto de saneamento básico para a cidade, projeto este que foi aceito e colocado em implantação.
É importante salientar que o presente projeto apresentou uma inovação tecnológica na implantação dos sistemas de abastecimento de água no Estado do Pará, no que se refere às redes de distribuição, com a implementação do sistema condominial de distribuição de água e coleta de esgoto sanitário.
Esse projeto foi implantado na década de 90, tendo seu início no ano de 1994, onde foi construída uma Estação de Tratamento de Água e quatro estações de tratamento de esgoto, que na época atendiam uma parcela significativa da população.
O projeto ainda previa a construção do aterro sanitário da cidade, que, devido à localização e posterior utilização da área de entorno para outros fins, nunca foi implantado.
A execução das obras durou aproximadamente três anos, e no ano de 1997 o sistema começou a operar parcialmente e em caráter de teste (pré-operação.
2. COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA
a) Captação de água
Composto por um conjunto motor-bomba de três unidades (motor de 175 CV e bomba de sucção), sendo um reserva, que ficam apoiados em uma balsa de sustentação junto às margens do rio, presa por cabos de aço, com vazão de captação na ordem de 250 l/s ou 900 m3/h.
b) Tratamento (casa de química)
A ETA construída em Parauapebas é do tipo convencional, atualmente denominada de ciclo completo, por possuir cinco etapas no processo de tratamento (coagulação, floculação, decantação, filtração e desinfecção), toda em concreto armado, e possuíndo duas células de tratamento (nome dado para toda a unidade de tratamento).
A estação de tratamento funciona durante 24 horas ininterruptamente, e esta operava com sua capacidade máxima de tratamento, que correspondia a uma vazão máxima de 250 l/s, e mesmo assim existia uma interrupção no abastecimento de água por aproximadamente dez horas divididas em duas intermitências diárias (de 12 às 17 horas e da 0 hora às 5 horas).
c) Reservação
A reservação na época era composta por um reservatório apoiado com capacidades de armazenamento de seis milhões de litros, localizado no bairro Bela Vista.
3. O PROBLEMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
a) Produção - Tratamento de água
O funcionamento por completo de todo o sistema de abastecimento de água só se iniciou no ano de 1998, quando a ETA começou a operar com sua produção máxima. Até então, a ETA estava em fase de pré-operação. Naquele ano, foram realizadas 3.977 ligações de água, atendendo a cerca de 20 mil habitantes. O auge do funcionamento do sistema de abastecimento de água se deu no ano seguinte (1999), quando o sistema passou a atender a uma população de 47.025 habitantes.
De acordo com a concepção do projeto inicial do sistema de tratamento de água, o mesmo teria capacidade para atender satisfatoriamente a uma população de 100.004 habitantes, ISSO DEPOIS DE CONCLUÍDO TODO O PROJETO, com a instalação da quarta bomba de captação, construção da terceira célula de tratamento e do terceiro compartimento de reservação no reservatório do Bela Vista de 3 milhões de litros.
Segundo informações e dados de produção e atendimento do Saaep, o problema do desabastecimento de água na cidade de Parauapebas surgiu em decorrência da interligação da nova rede de abastecimento de água, construída no final do ano de 2004, para atender os bairros que hoje fazem parte do Complexo Altamira: Novo Horizonte, Betânia, Altamira, Vila Rica e Casas Populares I. (Continua)
3 comentários:
Waldyr,
Teu blog parece o diário oficial da Prefeitura.
Menos, meu irmão, menos!
Os cães ladram e a caravana passa, um dia vai e o outro vem, pode ser o contrário!
Esse governo que vc, dentre poucos que lá se encontram, ainda honestamente se comporta, é uma esculhambação, um desgoverno, uma vergonha para qualquer pessoa de bem em nossa cidade!
Água, pra beber! Que vergonha!
É incompetência e corrupção, juntas, pois apenas uma destas não faria provocaria tanto desmantelo!
salve waldyr.
enfim deu as caras por aqui.
tava pra desistir do teu blog.
abraços
gilliard
Prezado Waldyr. Passeando pela Net tive contato com o seu Blogger e achei interessante o assunto da água. Sugiro que você entre em contato com Alessandro Spinelli que é o único que pode te dar informações reais sobre a falta de água e sobre os sistemas, pois o projeto é da empresa CONDOMINIUM, onde ele foi gerente desde 1997. O fato é que o atual governo não teve vontade de resolver o problema, pois não seguiu as orientações do Engenheiro Alessandro, que conseguiu até recursos para desenvolver os projetos.
O pessoal técnico da SAAEP é muito fraco, principalmente o engenheiro Cleverland e ainda por cima tem esquemas como, por exemplo, aluguéis de caminhões na prefeitura, pessoal da SAAEP trabalhando na obra da WTORRE, etc. Esse mesmo engenheiro tenta desde que chegou aqui colocar o pessoal da SANEATINS, empresa de saneamento do Governo Estadual do Tocantins, numa nítida prova de esquema de favoreccimentos. É dele a idéia de colocar estações de tratamento de água compactas em bairros a fim de ganahr dinheiro com isso, pois resolver o problema não vai. Está gastando dinheiro público em vão. E já estamos conversando com autoridades federais para verificar tal desperdício.
Assim, sugiro que procure informações mais verdadeiras e não escute um pessoal que quer destruir o sistema com a inoperância, pois gerência de saneamento não é isso que estamos vendo.
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