Controlar a pecuária na Amazônia virou um dos grandes desafios do país. A atividade é considerada pelo Ministério do Meio Ambiente e institutos de pesquisas como um grande vetor do desmatamento na floresta. Hoje, 78% das áreas abertas na Amazônia foram convertidas em pastagens.
Uma solução para reverter esse problema é criar mecanismos para rastrear os bois produzidos na região. Se isso for feito com eficiência, vai ser possível descobrir quem são os pecuaristas que fazem derrubadas ilegais para aumentar a produção de seu rebanho bovino.
No início de agosto, a câmara técnica do Conselho Nacional de Meio ambiente (Conama) aprovou uma resolução que pode ser o começo de uma mudança radical no setor. A medida obriga os frigoríficos a entregar a lista de seus fornecedores a cada trimestre para os órgãos ambientais competentes.
Além dos nomes dos fazendeiros, os frigoríficos também vão ter que fornecer as coordenadas com a localização exata do imóvel do fornecedor, guia de transportes dos animais e cadastro rural da propriedade no Incra.
Com essas informações em mãos vai ficar bem mais fácil descobrir quem está vendendo bois para os frigoríficos. E se essas pessoas cometem algum tipo de crime ambiental. A resolução vai ser votada em plenário no Conama no fim de setembro, e se for aprovada entra em vigor em janeiro de 2009.
O sistema que faz o rastreamento sanitário de cada gado brasileiro hoje é o Sisbov. Ele é obrigatório para carne exportada, mas é facultativo no mercado interno. Por isso, sua adesão não é maior.
As dificuldades em separar os frigoríficos com boas condutas e de empresas que cometem crimes ambientais foram o foco de uma
reportagem de Época desta semana.
Confira como alguns abatedouros estão perto de áreas de desmatamento ilegal e o que as empresas dizem a respeito. (
Juliana Arini e Thaís Ferreira). Fonte:
http://blogdoplaneta.com/colunaepoca/2008/08/18/como-rastrear-os-bois/
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