quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Sindicalistas fazem ato e exigem segurança


Fechamento simbólico do Fórum

Dezenas de sindicalistas, acompanhados de políticos, saíram às ruas de Parauapebas na segunda-feira (25) e exigiram mais segurança para a cidade e região.
Formado por membros da Coordenação Sindical de Parauapebas (Coorsindpar), que integra os sindicatos STTRP, Simetal, Sinditaxi, Sindivipar, Metabase, Sintracpar, Sinticlepemp, Sintrasul e Sinditramommp, o movimento protestou quanto a execução sumária do líder sindical José Alves, cujo corpo foi encontrado envolto em lonas no porta-malas do veículo da própria vítima na cidade de Ourilândia do Norte, sul do Pará.
José Alves era um dos coordenadores do Sintrasul. A vítima desapareceu no dia 16 do corrente e foi encontrada sem vida dois dias depois.
Inicialmente, os manifestantes se reuniram em frente ao prédio da Câmara Municipal, onde exibiram cartazes e faixas pedindo paz, proferiram palavras de ordem, com discursos de políticos, entre estes a deputada federal Bel Mesquita (PMDB-PA) e os vereadores Euzébio Rodrigues e Wanterlor Bandeira, ambos do PT; Francisangela Resende e Creusa Vicente, ambas do PMDB.
Ao usar a palavra, Bel Mesquita repudiou o índice de criminalidade na região e responsabilizou o governo do Estado pelo recrudescimento da violência em Parauapebas. A parlamentar garantiu que levaria a plenário na Câmara dos Deputados a situação de violência que gera nas regiões sul e sudeste do Pará.
Por sua vez, o chefe de Gabinete do prefeito Darci José Lermen, professor Antonio Neto Pereira, revelou que o governo municipal condiciona todo apoio aos órgãos de segurança em Parauapebas, como disponibilização de veículos, combustível e manutenção da frota das polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros; pagamento de aluguel para moradia de delegados, entre outros benefícios.
O presidente da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Parauapebas, advogado Jackson de Sousa e Silva, também condenou a violência na região, e aproveitou para convidar os manifestantes para participar de um ato simbólico de “fechamento” do prédio do fórum local, pela falta de juízes na comarca.
Além dos sindicalistas e políticos, participaram também do ato público pela paz representantes de igrejas, estudantes, líderes comunitários, mototaxistas e de movimentos sociais do município.
Depois dos discursos, os manifestantes saíram em carreata por várias ruas da cidade, encerrando o ato em frente ao Fórum, cujas portas de entrada foram lacradas com fitas simbolicamente.

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