Fotos: Waldyr Silva
Victor Lopes
Iniciada no último dia 5, encerra na noite deste sábado (17), no Centro de Desenvolvimento Cultural (CDC), em Parauapebas, a programação do Curta Carajás – 4º Festival de Cinema de Parauapebas.Diferente das três versões anteriores, o Curta Carajás deste ano, um projeto que vem sendo realizado pelo Labirinto Cinema Clube, contou com uma ampla programação, dividida em mostras de filmes curtas-metragens recebidos de várias partes do país; mostra Labirinto e mostra Jorane Castro; oficina vídeo e cinema digital – do zero ao curta, com Mago Effects; curso de direção, com Victor Lopes; e pré-jornada paraense de cineclubes – seminário cinema e educação.
Na versão deste ano, os organizadores do evento homenageiam a cineasta paraense Jorane Castro, formada em Cinema pela Universidade de Paris VIII (França), mestrada em Cinema e Sociologia pela Universidade de Paris VII (França), e especialista em roteiro e direção de ator pela Escola Internacional de Cinema e Televisão de San Antonio de Los Baños (Cuba).
Em declarações prestadas à reportagem, o idealizador do Curta Carajás e diretor do Labirinto Cinema Clube, Ivan Oliveira, explica que este ano o festival recebeu de várias partes do Brasil 305 filmes, dos quais 32 curtas-metragens foram selecionados para concorrerem em mostra competitiva, cujos campeões serão revelados e premiados hoje à noite no CDC, nas categorias documentário, ficção, animação e voto popular.
Entre os 32 filmes selecionados para concorrer aos prêmios, constam “O cangaceiro” (Caruaru-PE), “Com os pés na cabeça” (Rio de Janeiro-RJ), “A ‘vida’ no cárcere” (Belém-PA), “É uma vez” (Goiânia-GO), “O reino de chocolate” (Salvador-BA), “Barbeiros” (São Paulo-SP), “Depois da queda” (Cuiabá-MT), “Platô!” (Campina Grande-PB) e outros.
Os filmes vencedores, segundo Ivan Oliveira, vão receber os prêmios Ipê, Xikrins, Gavião Real e Parauapebas, respectivamente nos valores de R$ 5 mil, R$ 4 mil, R$ 4 mil e R$ 3 mil.
Ouvido pelo jornal, o produtor e diretor de cinema Victor Lopes informa que a oficina ministrada por ele, curso de direção, abordou o ofício de diretor de ficção e documentário no cinema contemporâneo, com aulas teóricas compactas direcionadas a aprofundar questões pragmáticas e técnicas de realização, ou seja, focado na formação do olhar do cineasta e na sua atuação em todas as etapas da realização de um filme, da escolha do tema ao lançamento.
Conhecedor da região nos últimos 10 anos, e atualmente produzindo um documentário sobre Serra Pelada, Victor Lopes lamentou pelo fato de Marabá, com quase 400 mil habitantes, não possuir uma única sala de cinema, enquanto Parauapebas hoje conta com cinco salas, sendo uma em Carajás e quatro no shopping center da cidade.
Por sua vez, Afonso Galindo, documentarista e representante do Instituto de Artes do Pará (IAP), que atuou como um dos membros do corpo técnico que avaliou os filmes concorrentes do festival, destaca que o Curta Carajás figura como um dos mais importantes eventos envolvendo cinema no Estado do Pará.
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