Ronaldo Modesto
A tentativa de rebelião ocorreu na noite de sábado para domingo (18), na cela denominada “calabouço”, onde se encontravam amontoados 44 detentos, e só foi controlada pela manhã de domingo, com apoio de um pelotão do Grupo Tático de Operações, Polícia Civil e agentes prisionais da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe).
Segundo informou à reportagem o ten-cel. PM Mauro Sérgio, que comandou a operação para acalmar os acirrados ânimos dos mais de 40 presos no “calabouço”, os três detentos que tentaram fugir da cela, cujas identidades não foram reveladas à imprensa, já haviam serrado alguns vergalhões da grade que dá acesso à parte externa do prédio, mas foram denunciados pelos próprios colegas, além de serem amarrados e feridos.
De acordo com o que apurou o Jornal, até esta segunda-feira (19), a carceragem municipal do Bairro Rio Verde contava com 142 presos de Justiça amontoados nas três celas, mais do triplo de sua capacidade, uma vez que o espaço comporta apenas 45 detentos.
PEDÁGIO
No momento em que a equipe de reportagem fazia a cobertura da ameaça de rebelião, alguns presos recém-engaiolados cochicharam que um grupo liderado por presos mais antigos na carceragem estava cobrando R$ 250,00 dos detentos que chegam à prisão, para que estes possam dormir “sossegados” durante o período em que permanecerem detidos.
A reportagem procurou os agentes prisionais da carceragem para falar sobre o assunto, mas ninguém quis gravar entrevista, porém admitem a situação, sem, no entanto, poder impedir a “negociação” dos presos. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)
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