Waldyr Silva
Coordenada pelo professor Francisco Serrano, a primeira reunião do movimento emancipatório teve como objetivo consultar as lideranças das vilas localizadas na região se todas são a favor de encetar um movimento visando o desmembramento da região do território de Marabá e tornar-se município independente.
Como a maioria dos presentes na reunião acenou a favor do movimento, Francisco Serrano explicou sobre os passos que deverão ser tomados daqui para frente, iniciando com a criação de uma comissão que fará a coordenação das ações a serem tomadas.
Segundo foi explicado no primeiro encontro, a comissão, que deverá ser formada na próxima reunião a ser realizada nas vilas Alto Bonito (manhã) e Albany (tarde) do dia 11 do corrente, ficará responsável para iniciar a coleta de assinaturas de todos os moradores da região que estejam interessados em lutar pela emancipação da área.
Cabe ainda à comissão solicitar apoio de órgãos ou entidades para elaboração de estudo socioeconômico da região que revele as potencialidades da área, sua população, eleitores, pecuária, agricultura, mineração, entre outras informações.
De posse de estudo levantado da região que justifique a criação de um novo município, o movimento pretende organizar uma audiência pública em Marabá para tentar convencer os poderes Executivo e Legislativo a criarem uma lei, junto ao Tribunal Regional Eleitoral, autorizando plebiscito para os moradores da Região do Contestado votarem se querem ou não a emancipação da aérea em questão.
Conforme foi informado na reunião, a Região do Contestado hoje conta com cerca de 35 mil habitantes espalhados em 27 projetos de assentamento e vilas, quinze mil eleitores e 3.870 estudantes. Além disso, a região produz 80% dos alimentos comercializados em feiras e supermercados de Parauapebas.
O principal motivo alegado pelos representantes de vilas e assentamentos do Contestado, para fazer da região um município independente, é que os moradores não são atendidos com benfeitorias pelo município de Marabá, fato que obriga a comunidade a buscar apoio da Prefeitura de Parauapebas, cuja sede fica mais próxima da região.
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