O ministro da Educação, Fernando Haddad, avaliou nesta quinta-feira (8) que as mudanças previstas no novo acordo ortográfico afetam "muito pouco" o cotidiano dos brasileiros. Ele ressaltou que apenas 0,5% das palavras escritas no país vão sofrer alterações, mas admitiu que 2009 será um período de adaptações, inclusive para professores e alunos da rede pública de ensino.
"O acordo ortográfico simplifica a língua e é bem-vindo. É óbvio que vamos ter uma fase de transição, mas as mudanças fortalecem a língua no mundo. O português era a única língua que tinha mais de uma ortografia e enfrentávamos resistência de organismos internacionais. O acordo ortográfico vem reforçar a presença da língua portuguesa no cenário internacional", justificou o ministro.
Haddad lembrou que as editoras de livros já estavam com as publicações escolares prontas antes mesmo de o acordo ortográfico ser aprovado, e que as escolas públicas de todo o país receberão, em 2009, livros desatualizados.
De acordo com o ministro, o Ministério de Educação e Cultura aguarda posicionamento da Academia Brasileira de Letras sobre questões de ortografia da língua portuguesa que ficaram pendentes, para que haja orientação aos professores da rede pública de ensino.
"Não temos por que temer esse processo, pois ele vai ser bastante singelo. Temos toda a condição de fazer isso em um curto espaço de tempo, mas as duas ortografias convivem em 2009. Não se pode punir um estudante por um erro de ortografia pelo fato de ele não ter assimilado ainda a nova regra", defendeu. (Fonte: Agência Brasil)
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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