domingo, 12 de outubro de 2008

Condenado a ser pobre

Mehran Bandi (foto) é um bahá'í iraniano que tinha uma loja de computadores na cidade de Yazd. Nunca teve qualquer problema com as autoridades, até que no último dia 29 de maio vários agentes do Ministério da Segurança invadiram o seu estabelecimento, confiscaram vários computadores e CDs, e levaram Bandi para um local desconhecido.

Em 28 de agosto, o veredicto nº 87/286, do Tribunal Revolucionário Islâmico, acusou Bandi de “conspiração contra a segurança interna e externa da nação”, “declarações contra o regime da república islâmica e apoio a grupos anti-revolucionários” e “posse de acessórios de TV por satélite”. Com base nessa acusação, ele foi condenado a 3,5 anos de prisão e 3 anos de exílio na cidade de Babak, em Kerman.

Além disso, o tribunal decidiu revogar a licença comercial da loja do sr. Bandi, proibindo-o de participar em atos públicos ou em qualquer tipo de empreendimento comercial.

A loja e o armazém do sr. Bandi, assim como seu equipamento de trabalho e equipamentos pertencentes a clientes, foram confiscados pelo Ministério da Segurança.

Sr. Bandi cumpre pena na prisão central de Yazd. Mas quando for libertado será exilado numa cidade estranha. Sem licença comercial e proibido de envolvimento em atividades comerciais durante cinco anos, como é que ele vai ganhar a vida?

O caso do sr. Bandi é apenas mais um dos muitos que revelam como as autoridades iranianas se esforçam para asfixiar economicamente os bahá’ís. Recorde-se que os bahá’ís foram declarados “impuros” e não podem exercer diversas atividades profissionais, nomeadamente na confecção e distribuição de alimentos.

Também não é raro os empregadores serem pressionados a despedir os empregados bahá’ís. E como é óbvio, são poucos os advogados que queiram defender os bahá’ís em questões laborais, e pouca justiça se pode esperar dos tribunais da Republica Islâmica. (Fonte:
http://povodebaha.blogspot.com/2008/10/condenado-ser-pobre.html)

Nenhum comentário: