Comentário de Roberto Limeira de Castro sobre legalização do serviço de mototáxi no país.
Assistiu o Profissão Repórter de hoje na Globo, Waldyr?
Os números do massacre são impressionantes.
É evidente que não é possível acabar com um transporte tão eficiente e de custo tão baixo para a população de baixa renda.
Também é importante a regulamentação da profissão, mesmo com todos os riscos inerentes. Entretanto, esse movimento dos motoqueiros precisa exigir das autoridades melhores condições de trabalho e maior segurança. Não com apetrechos que só fazem enriquecer os fabricantes, mas com cidades mais humanas, onde as grandes avenidas e estradas de tráfego intenso tenham vias exclusivas para as motos e as bicicletas.
Se não existem modelos ainda, que se pesquise a sua implantação. Que se convoque centenas de arquitetos e engenheiros através de concurso público para apresentação de propostas urbanísticas viáveis para implantação imediata e gradativa, começando pelas grandes metrópoles e afunilando para as médias e pequenas cidades.
O dinheiro que o país perde todos os dias com a morte de tantos jovens, pagamento de hospitais e medicamentos, causas na justiça e indenizações, absenteísmo no trabalho, além de jovens inutilizados e famílias destroçadas compensa qualquer esforço que possa ser feito para humanizar nossas cidades e nossas estradas assassinas.
Todas as cidades do Brasil e do mundo estão se tornando inviáveis economicamente, porque os técnicos responsáveis por solucionar os problemas e as autoridades apenas postergam a busca de soluções.
Que se criem cursos de especialização em tráfego de motos e bicicletas nas cidades, de mestrado e de doutorado e laboratórios de maquetes e simulação de trânsito nas universidades.
Que se mexam os governantes, ministros, reitores, magistrados e também os empresários que fabricam carros, motos e bicicletas em busca de uma solução urbana para salvarmos nossos jovens que são as nossas últimas esperanças de um futuro melhor para o nosso país.
E parodiando Mercedes Sosa, “se não amenizarmos essa dor dos pais que vêem seus filhos destroçados todos os dias às centenas, então, o amor dos casais, a concepção dos filhos e a existência das famílias terão sido em vão”. Ou então, a sociedade, as cidades e o país perderam a razão de existirem.
sábado, 1 de setembro de 2007
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Um comentário:
Obrigado, Mestre Waldyr.
Você sempre dando aquela colher de chá.
Torçamos para que as autoridades se sensibilizem para tão grave situação.
Um abraço!
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