A pedido, publicamos comentário anônimo de uma pessoa que se encontra abrigada no barracão da Usimig, vítima de enchente.
"Olá, bom dia! Srs.: venho reclamar em nome das famílias que se encontram abrigadas no galpão Usimig. Nossa indignação é em função da indiferença e descaso que estamos sofrendo desde vários meses de espera. Isto é o que entendemos como uma verdadeira afronta aos direitos humanos. A constituição federal nos confere o direito à moradia digna, porém as autoridades locais (prefeitura), que poderiam agir como agente facilitador, são, na verdade, o principal entrave que tem eternizado propositadamente o sofrimento das nossas famílias.
Srs., se o loteamento já foi viabilizado, por que não agilizar a ocupação legal da área? Por que tanta morosidade, se o governo já liberou verbas e agora só falta a prefeitura cumprir o seu papel, agilizando a liberação ordenada dessa área? As casas também já estão prontas, porém, segundo previsões, estão esperando chegar mais próximo da política para os surpermens aparecerem e salvar a pátria.
Sr. Waldyr, sou um dos abrigados. Conheço a legislação ambiental, conheço um pouco dos direitos humano e direito internacional de habitação. Espero contar com seu apoio para divulgação desse comunicado, para que, através do exercício da nossa democracia, possamos alcançar o direito a uma moradia digna.
É inconcebível em um país continental, numa cidade que deveria ser modelo, famílias estejam vivendo em submoradias em condições tão precárias como a que estamos vivendo agora. A água que bebemos não atende aos padrões de portabilidade do Ministério da Saúde, há acúmulo de resíduos de diversas classes por toda a área e os resíduos acumulados não estão sendo coletados regularmente. Também há acúmulo de água por vários locais, expondo as dezenas de crianças e mesmo os adultos a diversos tipos de vetores de doenças como dengue, leptospirose, barriga d’água e outras. Não há serviço de manutenção nos banheiros, alguns inclusive já impróprios para o uso. Neste período de chuvas temos que acordar com as crianças molhadas e os pequenos quartos com paredes improvisadas de lona alagando, pois o telhado está em péssimas condições.
Recentemente, mais uma vez fomos enganados pelo famoso ”banho-maria”. Fomos comunicados no inicio do mês que os lotes e as casas seriam entregues no dia 17-02-2012, porém no informaram que por força maior a entrega seria adiada para o dia 25 deste mês. Ontem à tarde (19), ocorreu mais uma prorrogação e agora é para o dia 02/03/2012. E assim, sucessivamente, vão protelar até quando eles ou até quando quisermos.
Mas estamos unidos, já temos direito e vamos lutar. Se tivermos que ocupar a área, vamos! Se for para ir manifestar no DF, vamos! Se for para pedir ajuda internacional, vamos também! Esperamos um retorno o mais urgente possível. Desde já obrigado".
"Olá, bom dia! Srs.: venho reclamar em nome das famílias que se encontram abrigadas no galpão Usimig. Nossa indignação é em função da indiferença e descaso que estamos sofrendo desde vários meses de espera. Isto é o que entendemos como uma verdadeira afronta aos direitos humanos. A constituição federal nos confere o direito à moradia digna, porém as autoridades locais (prefeitura), que poderiam agir como agente facilitador, são, na verdade, o principal entrave que tem eternizado propositadamente o sofrimento das nossas famílias.
Srs., se o loteamento já foi viabilizado, por que não agilizar a ocupação legal da área? Por que tanta morosidade, se o governo já liberou verbas e agora só falta a prefeitura cumprir o seu papel, agilizando a liberação ordenada dessa área? As casas também já estão prontas, porém, segundo previsões, estão esperando chegar mais próximo da política para os surpermens aparecerem e salvar a pátria.
Sr. Waldyr, sou um dos abrigados. Conheço a legislação ambiental, conheço um pouco dos direitos humano e direito internacional de habitação. Espero contar com seu apoio para divulgação desse comunicado, para que, através do exercício da nossa democracia, possamos alcançar o direito a uma moradia digna.
É inconcebível em um país continental, numa cidade que deveria ser modelo, famílias estejam vivendo em submoradias em condições tão precárias como a que estamos vivendo agora. A água que bebemos não atende aos padrões de portabilidade do Ministério da Saúde, há acúmulo de resíduos de diversas classes por toda a área e os resíduos acumulados não estão sendo coletados regularmente. Também há acúmulo de água por vários locais, expondo as dezenas de crianças e mesmo os adultos a diversos tipos de vetores de doenças como dengue, leptospirose, barriga d’água e outras. Não há serviço de manutenção nos banheiros, alguns inclusive já impróprios para o uso. Neste período de chuvas temos que acordar com as crianças molhadas e os pequenos quartos com paredes improvisadas de lona alagando, pois o telhado está em péssimas condições.
Recentemente, mais uma vez fomos enganados pelo famoso ”banho-maria”. Fomos comunicados no inicio do mês que os lotes e as casas seriam entregues no dia 17-02-2012, porém no informaram que por força maior a entrega seria adiada para o dia 25 deste mês. Ontem à tarde (19), ocorreu mais uma prorrogação e agora é para o dia 02/03/2012. E assim, sucessivamente, vão protelar até quando eles ou até quando quisermos.
Mas estamos unidos, já temos direito e vamos lutar. Se tivermos que ocupar a área, vamos! Se for para ir manifestar no DF, vamos! Se for para pedir ajuda internacional, vamos também! Esperamos um retorno o mais urgente possível. Desde já obrigado".
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