Wellington da Silva
Meire Camargo
Hugo Arrais
Bariloche Silva
Representantes de provedores na Acip
Usuários de internet reclamam da dificuldade no acesso ao serviço de provedores oferecido em Parauapebas, alegando lentidão no acesso à rede mundial de computadores e muitas vezes o serviço fora do ar.
A cidade conta com cinco provedores de internet via rádio, além de usuários que utilizam o serviço de modem de operadores de telefone móvel, mas a reclamação sobre a qualidade dos serviços oferecidos é enorme pelos usuários.
Ouvida pela reportagem, Meire Carvalho de Camargo, gerente do provedor Skorpionet, localizado no bairro Cidade Nova, explica que a maior dificuldade enfrentada por ela é causada na prestação de serviço de energia elétrica, pela Rede Celpa, e de link disponibilizado para o servidor pela Embratel.
Sobre energia elétrica, Meire Camargo admite que nos últimos meses as constantes quedas de tensão na cidade vêm diminuindo gradativamente, melhorando a prestação de serviço e também o número de reclamação dos usuários.
Quanto aos serviços prestados pela Embratel, a gerente informa que há anos a estatal não vem disponibilizando link aos provedores de internet em Parauapebas, e quando isso acontece o preço cobrado pelos serviços é exorbitante.
Meire Camargo aponta outro problema que motiva reclamação de seus clientes, que são os eventuais rompimentos de fibra ótica no percurso Marabá/Parauapebas. Nesta situação, ela revela que já ficou até dois dias com os serviços suspensos, aguardando solução da manutenção dos serviços.
Diante da dificuldade de a Embratel atender a demanda dos provedores em Parauapebas, cobrando melhor preço nos links, a gerente admite que a reclamação de usuários em afirmar que o município cobra o maior preço de internet no Brasil tem sentido.
Na avaliação de Hugo Arrais, gerente-administrativo do provedor CKS Online, localizado no bairro União, o serviço de internet em Parauapebas só vai funcionar a contento depois que o poder público municipal e a iniciativa privada se despertarem e buscar junto ao governo federal, no caso a Embratel ou Telebrás, um melhor serviço para a cidade.
“Não adianta cobrar somente dos provedores que oferecem os serviços em Parauapebas, até porque estamos cumprindo com nossa responsabilidade, embora com dificuldade, porque o governo federal não oferece condições técnicas para ampliarmos nossos negócios, por meio de suas concessionárias”, observa Hugo Arrais.
O gerente da CKS revelou que recentemente o governo federal, por meio da Telebrás, ampliou os serviços de internet para 72 municípios brasileiros, mas o Estado do Pará não foi beneficiado com este pacote. Dentre os municípios beneficiados, consta Imperatriz (MA), localizado a cerca de 180 quilômetros de Marabá.
Pioneiro no ramo, Hugo Arrais reclama também que em Parauapebas os provedores que oferecem serviços de internet pagam o mega de link mais caro do Brasil para a Embratel.
Wellington da Silva, diretor do provedor Flexanet, no bairro União, admite que parte das reclamações dos usuários quanto à qualidade dos serviços oferecidos pelos provedores na cidade procede.
Wellington da Silva, diretor do provedor Flexanet, no bairro União, admite que parte das reclamações dos usuários quanto à qualidade dos serviços oferecidos pelos provedores na cidade procede.
O diretor atribui esse problema à Embratel, que há anos não expande os links para os provedores. Para ele, essa falta de investimento na estrutura de internet é pura falta de vontade política dos governantes e legisladores do município e do estado.
Wellington da Silva justifica que, pelo fato de a Embratel cobrar link mais caro do país, ao preço que ele não quis revelar, os serviços de internet chegam ao usuário final com preço alto.
A reportagem procurou também a direção do provedor Carajás Net, localizado no bairro Rio Verde, para falar sobre o assunto, mas foi informada pela secretária Alessandra que o responsável pela empresa se encontrava ausente da cidade, resolvendo problema de rompimento de cabo ótico.
BUSCA DE SOLUÇÃO
Em abril deste ano, representantes de quatro provedores da cidade se reuniram com a diretoria e departamento jurídico da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip), em busca de solução para melhorar o serviço de acesso à internet no município.
Em abril deste ano, representantes de quatro provedores da cidade se reuniram com a diretoria e departamento jurídico da Associação Comercial, Industrial e Serviços de Parauapebas (Acip), em busca de solução para melhorar o serviço de acesso à internet no município.
Depois de ouvir as reclamações dos provedores em relação à falta de link para abastecer com qualidade Parauapebas e região, o presidente da Acip, José Rinaldo Alves de Carvalho, solicitou ao departamento jurídico da entidade que preparasse ofícios com relatórios específicos sobre a falta de link e não disponibilização por parte da empresa Embratel, que tem a concessão para atender a região.
Os documentos assinados pela Acip e proprietários de provedores de internet seriam encaminhados para Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Câmara Federal, Senado Federal, Ministério das Comunicações, Ministério Público, entre outros. Matéria veiculada na edição do Correio do Tocantins desta quinta-feira (16)
Um comentário:
o preço do link deve está entre 7 a 15 mil tendo desconto apenas quando é a prefeitura quem compra.
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