sexta-feira, 18 de abril de 2008

Nota da Vale

Acompanhe nota da Vale distribuída quinta-feira (17) à imprensa

1) - Apesar de todos os esforços implementados pela Vale, o MST promoveu hoje (quinta-feira) mais invasões a instalações da empresa no estado. Pela manhã, cerca de 500 invasores paralisaram a Estrada de Ferro Carajás (EFC). À tarde, os invasores desocuparam a ferrovia, deixando para trás um rastro de prejuízos e afetando a vida de milhares de pessoas que dependem da EFC para se locomover ou para receber insumos importantes, como combustíveis. Os manifestantes continuam acampados nas imediações da ferrovia.

2) - De tarde, um grupo de cem integrantes do MST promoveu mais um ato de vandalismo, ao invadir a sede da Vale em Belém, no bairro de São Braz, aterrorizando empregados da empresa, que não puderam deixar o local. Ontem, dia 16, a Vale já tinha avisado à Polícia Militar do Pará da possibilidade da invasão, e, mesmo assim, as autoridades da área de segurança não tomaram as medidas necessárias para evitar mais este crime.

3) - A invasão da EFC aconteceu por volta das 7h25 desta manhã. Ao avistar os invasores, o maquinista acionou os freios de emergência e parou a composição. As autoridades da área de segurança pública do estado informaram que não houve registro de nenhum ferido durante a invasão. O trem já voltou a circular normalmente.

4) - Esta manhã, a Vale pediu a reintegração de posse da EFC. À tarde, a Justiça Federal de Marabá atendeu ao pedido da empresa. A medida também determina:

- seja oficiada a governadora do Estado do Pará, para que envie tropas da Polícia Militar para cumprimento da decisão de reintegração;

- oficiar o ministro da Justiça para que encaminhe contingente de policiais federais para cumprir a decisão de reintegração imediatamente;

- multa diária de R$ 10 mil por invasor;

- abertura de inquérito policial para apuração de crime de desobediência à ordem judicial;
- a apreensão de equipamentos utilizados pelos invasores para a ocupação da ferrovia;

5) - Cerca de dez mil trabalhadores que prestam serviços para a Vale tiveram que interromper suas atividades por causa da invasão.

6) - Cabe destacar que a decisão da Vale de ingressar na Justiça com o pedido de Obrigação de Fazer aconteceu em 7 de abril. O Governo do Estado enviou tropas para o local no dia 10. Na ação, a empresa pede que os governos “planejem, dimensionem, provejam e estruturem o contingente policial que se faça necessário e adequado de modo a impedir, efetivamente, os delitos contra a autora praticados por terceiros integrantes dos ditos 'movimentos sociais' (MST, MTM, MAB, Via Campesina etc), notadamente em relação às instalações e atividades da autora nas cidades de Parauapebas e Marabá, promovendo operações policiais de aspecto global nas áreas de suas respectivas competências".

7) - Os invasores só liberaram a ferrovia depois da chegada de tropas das polícias Federal, Militar e Civil do Estado do Pará.

8) - Há muito tempo, a Vale vem alertando as autoridades que este clima de desrespeito ao estado de direito cria um ambiente negativo para o crescimento dos investimentos em nosso país, em especial para o Pará, região que apresenta um dos maiores potenciais de crescimento e geração de renda e emprego.

9) - O Conselho de Administração da Vale aprovou um plano de investimentos que, entre 2008 e 2012, deve levar para a região cerca de US$ 20 bilhões e gerar mais de 35 mil novos empregos.
10) - Estas novas invasões, que infelizmente já se tornaram práticas comuns no Estado do Pará, não são boas para o Brasil.

11) - A Vale reafirma que não vai se calar diante de ameaças de grupos que atuam à margem da lei.

Rio, 17/04/2008

3 comentários:

Anônimo disse...

Engraçado como a toda poderosa se sente ameaçada!!!!

Ela deveria era resolver os problemas criados ao longo dos tempos, como consequencia da sua presença devastadora....

TE CUIDA, POR QUE ASSIM NÃO VALE!!

Zé Dudu disse...

Penso que quem deveria se sentir ameaçado somos nós, pobres civis que moramos e dependemos dos investimentos da VALE para sobrevivermos, pois, ao longo dos anos e com a globalização todos os atos de vandalismo e terrorismo perpetrados pelos ditos "movimentos sociais" só trazem prejuízos, para a Vale e para nós.
Quando deixarmos de sermos hipócritas e nos convencermos que somos totalmente dependentes da Vale passaremos a analisar a situação de outra forma e ai sim, poderemos dar razão a quem a tem.
Sobre os,"problemas causados ao longo dos tempos", gostaria de conhecê-los para melhor poder emitir opinião. No todo, tirando prós e contras, penso que estamos no lucro.
Retire de sua mente paixões e opiniões pre-formadas e analize nossa cidade sem os investimentos da VALE.
Você estaria em Parauapebas?
Você investiria em Parauapebas ?
Sem a VALE, Parauapebas seria como qualquer currutela sem futuro!
Vamos dar o braço a torcer e nos colocarmos em nosso lugar. De submissos à VALE. Assim, talvez arranjaremos algo. Na marra como querem MST E garimpeiros, acho muito difícil!

Anônimo disse...

A Vale não vale nada para muitas comunidades. Entre a realidade eletrônica de propaganda, jornal e a realidade de fato das comunidades, há um abismo histórico. A Vale é fruto de uma propaganda enganosa. É hora de dar um basta a essa postura arrogante que joga a opinião pública contra as minorias e esmaga toda e qualquer forma de resistencia a esse modelo implacável. CHEGA!! NINGUÈM TOLERA MAIS!!!