Lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) foram ao Ministério Público Federal (MPF) pedir providência contra os meios de comunicação que publicam "reportagens procurando impingir caráter terrorista às lideranças e à luta dos movimentos sociais".
Acompanhados de integrantes da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e do Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias, os integrantes do MST entregaram um relatório que pede atenção especial do MPF a denúncias de que setores da mídia promovem a difamação de defensores dos direitos humanos.
Para o MST, as reportagens negativas tem o objetivo de "descaracterizar a luta dos movimentos sociais pelos direitos humanos". O MPF do Pará divulgou a informação através da sua assessoria de imprensa.
O procurador-chefe substituto, Rafael Ribeiro Rayol, levou o pedido do MST a sério. Ele se comprometeu a informar, já no início da semana que vem, quais procuradores ficarão encarregados de avaliar cada uma das solicitações feitas na reunião.
De acordo com Rayol, a informação estaria disponível para os interessados a partir desta terça-feira (22). "O encaminhamento das solicitações a vários procuradores diferentes, ficando cada um responsável por uma demanda específica, com certeza vai agilizar o atendimento aos movimentos sociais", ressaltou.
O procurador da República Felício Pontes Jr., que tem ligação com os movimentos sociais do Pará, endossou as reivindicações. Segundo ele, a reunião foi importante principalmente porque ocorreu em um momento em que o MPF está sendo acusado de agir contra a reforma agrária no Estado, depois que, em 2007, requereu à Justiça e conseguiu a suspensão de mais de cem projetos de assentamentos localizados no oeste paraense. Leia mais aqui.
terça-feira, 22 de abril de 2008
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