Depois de um ano ocupada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), a fazenda São Marcos, a 15 quilômetros do centro de Parauapebas, está na expectativa da reintegração de posse que foi determinada pela justiça estadual, por meio da Vara Agrária de Marabá, desde a última sexta-feira (18).
De acordo com o tenente-coronel Mário Solano, do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar, o caso está sendo estudado com cautela e prudência para que se cumpra o processo determinado pela justiça.
“Não há prazo estabelecido para o cumprimento efetivo da liminar, por se tratar de uma atividade de grande risco. São várias vidas envolvidas e nossa função é preservá-las, mas também cumprir a lei. A operação é delicada e sigilosa, até porque nossa intenção não é causar pânico na sociedade local e sim manter a ordem pública e a paz na região. Falar detalhes de uma operação como essa seria de imprudência e até de irresponsabilidade da minha parte”, explicou o comandante.
Por recomendação da PM, como forma de se evitar um provável conflito, os proprietários da São Marcos deixaram a sede da fazenda, até que todo o processo de reintegração seja feito. Após a saída da família, a cavalaria da PM ocupou a sede da fazenda, a fim de preservar o patrimônio da propriedade. A polícia também montou barreiras policiais ao longo da PA-275, para assegurar a paz na localidade.
Cássio Marques, um dos proprietários da São Marcos, está confiante na justiça. “Depois de um ano com a nossa fazenda ocupada, sendo que há seis meses estávamos com a liminar de reintegração nas mãos, graças a Deus fomos ouvidos e a justiça autorizou o cumprimento da sentença. O que queremos é voltar a produzir com tranqüilidade, paz e segurança”.
O Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) e a Federação da Agricultura do Estado do Pará (Faepa) estão apoiando intensamente os proprietários da fazenda, prestando solidariedade e acompanhando o caso de perto.
“A classe toda está mobilizada para prestar auxílio, até porque somos parceiros dos produtores rurais e o que mais queremos é continuar contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da nossa região”, afirmou Pedro Arlan Oliveira, presidente interino do Siproduz. (Fabiana Gomes, assessora de Imprensa do Siproduz)
terça-feira, 22 de abril de 2008
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Um comentário:
Penso que nossa justiça está usando de dois pesos e duas medidas. Senão vejamos:
O Senhor Donizete conseguiu rapidamente a sua ordem de reintegração de posse. Depois de obtê-la ficou cobrando justiça aos 4 cantos alegando que neste país não existe justiça.
Esquece-se ele que a mesma justiça que segundo ele estava bloqueando sua reintegração é a que engavetou o processo que o mesmo responde por ter executado um funcionário a sangue frio por causa de 1/2 dúzias de laranjas. Sem contar com o envolvimento na morte do Fusquinha e do Doutor na Fazenda do Carlinhos da Casa Goiás onde o mesmo ficu alguns dias preso e está respondendo em liberdade por ambos os crimes.
Se existe alguem que não pode cobrar pressa da justiça esse se chama DONIZETE.
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