segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Luther King tinha um sonho. Obama tem um drone

A cada dia se conhece com melhores detalhes a espionagem que os EUA promovem no Brasil e em outros países. Uma ação que agride as soberanias das nações e que tem antes estratégicos interesses comerciais e econômicos que qualquer preocupação com a segurança contra o terrorismo.
E a cada dia fica mais notável o quão abjeto é o papel desempenhado por Obama, somente equiparável àquele desempenhado pelos poderosos mais abomináveis da história humana.
Obama é prova do desvirtuamento do Prêmio Nobel da Paz. Ele é o Senhor das Guerras. O senhor de todas as guerras; o promotor das guerras que destroem nações, culturas, vidas e futuro. Guerras feitas em nome do domínio e da expansão do poder imperial dos EUA no mundo, mas cinicamente batizadas de “humanitárias”. A espionagem é a dimensão cibernética da guerra total que Obama promove.
A entrega do Nobel da Paz a ele é desmoralizante, feita para legitimar sua condição de gendarme do mundo. A concessão desse título não deixa de ser uma espécie de condecoração do crime. Com estilo e glamour.
Como observa o filósofo norte-americano Cornel West, “os legados de Luther King e Obama são o oposto. Um é sigilo, falsidade e drones. O outro, sonhos, verdade e justiça. Luther King disse ‘I have a dream’ [eu tenho um sonho], enquanto Obama diz ‘I have a drone’ [eu tenho um drone]” [Entrevista FSP, 24/08/2013].
Obama comete crimes de guerra com a prática terrorista de disparar drones [aviões não tripulados, carregados de armamento e guiados por controle remoto] contra adultos e crianças inocentes por ele consideradas “terroristas”.
Do alto da arrogância imperial, diz que preside a “democracia mais antiga do mundo ocidental” [sic] e, por isso, se arvora o direito de guardião da democracia mundial que pode atacar covardemente qualquer país, mesmo com a reprovação da ONU e da população mundial. A Síria é a aventura da hora.
Muita gente em todas as partes do mundo se iludia com a eleição de Obama em 2008. Também pudera: depois dos anos tenebrosos com Bush, qualquer coisa seria um alívio. (Jeferson Miola/Agência Carta Maior – link http://cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=22641)

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