O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido
por “Bida”, foi condenado pouco antes da meia-noite desta quinta-feira (19) a
30 anos de prisão por ser mandante do assassinato da missionária americana Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005.
Em um julgamento que demorou mais de 14 horas no
Tribunal do Júri, em Belém, os jurados precisaram de menos de uma hora para
chegar à sentença. O fazendeiro ainda pode recorrer da decisão.
Durante várias horas, os advogados de defesa de Bida
sustentaram que ele foi apontado como criminoso por não ter aceitado fazer
parte de um esquema de propina que garantia segurança policial privada a
fazendeiro e madeireiros da região de Anapu, a oeste do Pará, local onde o
crime aconteceu.
Repetição
Este foi o quarto julgamento do fazendeiro. Nos três
anteriores, ele foi absolvido uma vez e condenado em outras duas, inclusive na
última, quando também recebeu uma sentença de 30 anos de prisão.
O Supremo Tribunal Federal, no entanto, acatando o
argumento de que o defensor público de Bida não havia tido tempo suficiente
para formular a defesa, anulou o julgamento em maio.
Em julho, o executor confesso do crime, Rayfran das
Neves Sales, obteve o benefício de cumprir prisão domiciliar. Preso há oito anos, Sales cumpre pena de 27
anos de reclusão.
Crime
A missionária americana Dorothy Stang foi assassinada
a tiros em Anapu (PA). Ela era naturalizada brasileira, tinha 73 anos e tentava
implantar um projeto de desenvolvimento sustentável em uma área conflagrada
pela disputa de terras entre fazendeiros e grileiros. (Fonte: Veja Online/Estadão Conteúdo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário