O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu na segunda-feira (26) as críticas à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Ele destacou que o potencial hídrico do país gira em torno de 260 mil megawatts e que seria “insano” substituir tal produção por termelétricas a óleo diesel, por exemplo.
No programa semanal Café com o Presidente, Lula lembrou que o projeto de Belo Monte vem sendo debatido há 30 anos e pediu a compreensão da sociedade brasileira para o assunto.
O presidente ressaltou que a usina vai trabalhar com o valor de R$ 78 para cada megawatt/hora, enquanto uma usina eólica gasta R$ 150 e uma usina a gás, R$ 200.
“A energia hídrica ainda é a mais barata. O que precisamos é trabalhar com muito cuidado para fazer as hidrelétricas da forma mais cuidadosa possível, causar o menor impacto ambiental possível. Depois de 30 anos, finalmente, Belo Monte vai sair”, declarou.
Um comentário:
Sou eleitor de Lula, mas sou um habitante da Amazônia e, por isso, gostaria de tentar aqui, esclarecer umas coisas.
Ninguém com responsabilidade social, inclusive eu, é contra geração de energia elétrica.
O problema não está em se construir uma hidrelétrica; o problema está em saber para quem e a necessidade da geração de energia elétrica.
A inteligência amazônica não é contra o desenvolvimento. Ela reflete sobre qual o tipo de desenvolvimento e para quem servirá tal "desenvolvimento". Se a hidrelétrica de Belo Monte for construída, compensações devem ser dadas aos habitantes e meio ambiente amazônicos, pois no momento, os habitantes da Amazônia é quem menos usufruirão das benesses do desenvolvimento desencadeado pela geração de energia elétrica.
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