Fotos: Ronaldo Modesto
Jonas Barbosa
Alguns moradores do final da Rua Hamilton Ribeiro, no Bairro Novo Brasil, em Parauapebas, entraram em contato com a reportagem, na última segunda-feira (3), para denunciar que não suportam mais o mau cheiro que vem exalando de uma pocilga instalada nas proximidades.
A reportagem esteve no local para verificar a veracidade da denúncia, conversar de perto com os moradores queixosos e ouvir também o proprietário da suposta criação de suínos.
Ao serem questionadas a gravar entrevista pela equipe de reportagem, algumas pessoas da redondeza se esquivaram a se identificar e a ser fotografadas, porém, confirmaram, em off, que a situação, além da imprensa, exigia a presença de fiscais da Setor de Vigilância Sanitária do município.
Diferentemente dos vizinhos acima, a dona de casa Ivonete dos Santos, conhecida por “Nete”, proprietária de um conjunto de quartos de aluguel, declarou ao Jornal que já perdeu inquilino por causa da fedentina provocada pelos porcos, que ficam confinados em currais e também perambulam pelo meio da rua, incomodando a vizinhança.
“A situação piora ainda mais no período chuvoso, quando o vento da chuva espalha a catinga dos currais pra dento das residências, provocando um grande mal-estar para os moradores, principalmente na hora de alimentação”, denuncia “Nete” Santos.
Quem também se diz incomodada com a fetidez dos chiqueiros de porcos é a moradora Núbia Nascimento Cavalcante, afirmando que o caso já foi denunciado pela televisão, mas até então nenhuma providência havia sido tomada pelo poder público.
Procurado pela reportagem, o proprietário da criação de porcos, Jonas Barbosa, conhecido por “Mineiro”, justificou que criava os animais em área urbana porque não tinha outra atividade para sobreviver e nem tampouco área na zona rural para procriação e comercialização dos suínos.
“Mesmo sem ter pra onde ir, agora sou obrigado a dar meu jeito e arrumar um local pra criar meus bichinhos, por causa da pressão dos vizinhos, da prefeitura e até da imprensa”, dispara Jonas “Mineiro”, lamentando ter de parar com uma atividade que ele considera lícita. “Pior se eu estivesse fumando maconha ou roubando, mas estou derramando suor para sobreviver”, sintetiza.
Na Secretaria Municipal de Saúde, a reportagem foi informada pela assessora de comunicação do órgão, Maria José Monteiro, que o Setor de Vigilância Sanitária de Parauapebas já havia tomado conhecimento da denúncia e estaria tomando providência no sentido de sanar o problema.
Nenhum comentário:
Postar um comentário