quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Ruim com ela, pior sem ela

CRÔNICAS DO PC
Vi pela TV reportagem mostrando a traição de uma macaca, namorando às escondidas um macaquinho jovem, vistoso, estripulento, jogando para escanteio o outro macaco, velho chefe do bando.

Descoberto o embuste, o animal traído, possessivo e cheio de ciúme, expulsou com violência da área de seu domínio o intruso conquistador, que agora ficou bem longe e completamente isolado dos outros macacos.

Aproveitou e trouxe de volta para seu aconchego a macaca infiel, embora tivesse ela prenha de um filho que não era seu. No final da história, o bebê nasceu e, como diz o ditado, “quem ama perdoa”, o velho macaco aceitou sem mais encrenca o macaquinho como filho.

História interessante acontecida entre animais, mas muito comum entre racionais, a exemplo de um meu conhecido de muitos anos e morador bem aqui pertinho de todos nós. Casado com a costureira Meyre Fama, 25 anos mais nova do que ele, ele vive feliz, morando em uma bela mansão e gastando o dinheirão que ele tem depositado em vários bancos.

Tudo ia bem, até o dia que viajaram de férias para a linda praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco. Foi então que aconteceu um deslize proposital. Diz um experiente senhor no assunto: “Algumas mulheres traem porque têm desejos sexuais, e que por um ou outro motivo não conseguem que seu parceiro as satisfaça, ou falta de interesse e incompetência do parceiro”.

Meyre Fama flertou com um surfista dinamarquês, de 22 anos. Como o tempo era curto, logo deram uma escapadinha a um motel próximo, e não pararam mais de muitos “vucos-vucos”, aproveitando as férias de ambos.

Desconfiado da traição, o maridão, para não ficar exposto a comentários maldosos, pegou a mulher e regressou para a cidade de origem, deixando o jovem europeu, de olhos azuis, que de tanto chorar, ficaram vermelhos.

Foi tarde demais. Um espermatozóide aproveitou a fase fértil de Meyre Fama e encontrou um óvulo maduro na trompa de falópio e penetrou na sua capa de proteção, fertilizando-o. Nove meses depois nasceu um lindo bebê branco, europeu puro, herdando os traços do pai.

O maridão, compreensivo e pacato, aceitou a paternidade sem outra contestação, até registrou o rebento, que levou o seu sobrenome.

Para um amigo, um dia citou a frase seguinte, desabafando as mágoas: “Sozinho um homem não é nada... Nem corno! Antes eu era convencido... Hoje sou um homem perfeito...”

E eu afirmo: Pelo visto, a perfeição está na cabeça!

Pedro Cláudio M.Reis (PC) / E-mail: pcmourareis@yahoo.com.br

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