Caros leitores:
Hoje em dia, muita gente diz que não vê televisão e lê jornais apenas pela internet. Vivenciamos um período em que o dia-a-dia ganha espaço no Twitter. Os celulares também se transformaram em câmeras de vídeo e torpedos assumem, em certos momentos, a função do e-mail. Fala-se cada vez mais no poder e na influência das redes sociais. Orkut, Facebook, My Space, Linkendin, Plaxo - só para citar algumas delas - ganham frequentadores sem parar.
Mas será que tudo isso substitui o papel da mídia tradicional, de repórteres que perseguem notícias? Um comentário em um blog tem um valor maior para a comunicação corporativa do que uma bela reportagem veiculada na televisão ou produzida por uma revista influente? É claro que não. Os protagonistas do Twitter ou blogueiros não substituem jornalistas, que são pagos para buscar exclusividade e fatos de relevância para a sociedade. Quantos twitteiros ou blogueiros no mundo têm mais de 500 mil seguidores?
Uma análise rápida mostra que os nomes mais consagrados do mundo da rede social fazem parte do universo das personalidades públicas, celebridades ou mesmo da comunicação. Para publicar notícias com credibilidade, um jornalista teve que cultivar fontes por anos, precisa da percepção do que é importante e busca incessantemente informações que se transformem em valor para deferimento do leitor.
O bom jornalismo não sai por aí metralhando comentários e opiniões sem consistência. Quantas pessoas munidas com uma câmera de celular ou que estão postando mensagens fazem o mesmo com tanto FUNDAMENTO? O universo do jornalismo é muito maior. Na internet, a missão do jornalista é causar impacto com a informação. Na televisão ou rádio, a meta número um é cobrir um fato noticioso ao vivo. Em um diário ou revista (semanal, quinzenal ou mensal), é transformar uma informação - exclusiva ou não - em análise de profundidade. A interpretação dos fatos deve surpreender.
Por isso, sempre digo à minha equipe e aos mais jovens: o foco na grande imprensa não perderá espaço na comunicação empresarial para as mídias sociais por uma QUESTÃO DE CONSISTÊNCIA.
Abraços:
Paulo Piratininga
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
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Um comentário:
Olá Waldir!
Sou completamente de acordo com o texto. Mesmo sendo adepto da comunicação via internet e dela me utilizar para estar antenado nas notícias, uma vez que estou bem distante do Brasil, acredito que boas leituras impressas em papel (revistas, jornais e livros) continuarão sendo importantes. A palavra que fecha o texto é CABAL: Consistência!
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