A Prefeitura de Parauapebas, por intermédio da
Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), prevê para o próximo mês de
julho a instalação do primeiro Centro de Referência Especializado para
População em Situação de Rua (Centro Pop) do Estado do Pará.
Até agora, a instituição, de iniciativa do governo
federal, já foi instalada na maioria dos estados brasileiros, num total de 153
unidades, com exceção dos estados do Pará e do Tocantins.
Considera-se população em situação de rua o grupo
populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos
familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia
convencional regular, e utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas
como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem
como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia
provisória.
Na tarde da última terça-feira (25), as servidoras
Adelzilma Rodrigues Oliveira e Cristiane Marques Pardim Resende, coordenadoras
do Centro Pop em Parauapebas, acompanhadas do secretário adjunto da Semas,
Josenilson Gomes da Silva, reuniram-se com coordenadores de programas sociais
que compõem as secretarias municipais de Saúde, Educação, Esporte e Lazer,
Produção Rural, Mulher, Cultura e Meio Ambiente, e outras, para apresentar a
estrutura do programa no município, previsto para ser inaugurado no próximo
mês, num imóvel localizado nas proximidades do prédio do Detran, em frente ao
Parque de Exposições Agropecuárias.
Além de coordenadores de projetos sociais, marcaram
presença também no evento os secretários municipais de Saúde, Rômulo Maia; de
Esporte e Lazer, Marcel Nogueira; da Mulher, Terezinha de Jesus dos Santos; e
de Produção Rural, Horácio Martins; Ouvidoria Municipal, Neuracy Pereira Braga;
Coordenadoria Municipal de Juventude, Mário Henrique Pereira; Assessoria de
Comunicação Social, Wagenr Santos.
Mapeamento da população em situação de rua
Durante a apresentação, Adelzilma Oliveira explicou
que o trabalho de monitoramento e de acompanhamento das pessoas que moram nas
ruas de Parauapebas já vem sendo feito pela equipe do Centro Pop desde o início
da atual gestão do Governo Valmir Mariano.
Neste período, uma equipe especializada em abordagem
da população em situação de rua cadastrou 58 pessoas moradoras na via pública,
dentre estas, três mulheres. Desde então, este contingente vem sendo monitorado
e orientado sobre a futura instalação do Centro Pop em Parauapebas.
De acordo com o perfil levantado dos moradores de
rua identificados, eles são oriundos dos estados do Maranhão (32), Pará (8);
Tocantins, Ceará e Piauí (3 pessoas, cada); Goiás (duas); Bahia, Pernambuco,
Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina (uma pessoa, cada). Desse total,
duas pessoas não quiseram ou não souberam informar seu estado de origem.
Os entrevistados disseram já ter trabalhado nas
profissões de pedreiro e ajudante de pedreiro (9, cada); serviços gerais (8),
vaqueiro (5), motorista (4), soldador (3), flanelinha (3); carpinteiro e
mecânico (2, cada); e garçom, eletricista, lavador de carro, operador de
motosserra, pescador, doméstico e pedinte.
Os coordenadores do programa adiantaram, ainda,
informações sobre os eixos que devem nortear o Centro Pop, objetivos,
estratégias, articulação em rede, forma de acesso, estrutura física do prédio
que vai abrigar a instituição, recursos humanos, desafios e parceria com a Ong
Gente Livre.
Dentro dos objetivos, foi informado que Centro Pop
propõe identificar os territórios de maior incidência, construir vínculos de
confiança com os usuários, possibilitar condições de acolhida na rede
socioassistencial, contribuir para a construção ou reconstrução de novos
projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do
atendimento; contribuir para restaurar, preservar a integridade e a autonomia
da população em situação de rua; e promover ações para a reinserção familiar
e/ou comunitária, além de desenvolver autonomia individual, familiar e social
das pessoas atendidas pela instituição. (Waldyr Silva/Ascom PMP)
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