O deputado federal Cândido Vaccarezza
(PT-SP) apresentou ao Colégio de Líderes as propostas elaboradas pelo grupo de
trabalho encarregado de elaborar mudanças na lei eleitoral (9.504/97) e
coordenado pelo petista. O deputado reafirmou a intenção de levar adiante os
pontos de maior entendimento, deixando as questões polêmicas para um segundo
momento.
Vaccarezza explicou que a proposta visa
simplificar a lei eleitoral, tornar a eleição mais democrática, transparente e
com mais facilidade de fiscalização. Pela proposta, em casos de cassação por
processo eleitoral serão realizadas novas eleições, e não o derrotado assumir o
lugar do vencedor. “Isso é uma distorção imensa na lei atual”, frisou.
Outro ponto de destaque permite o livre
uso das redes sociais em período de pré-campanha. “Entendemos que às redes
sociais só tem acesso quem quer, inclusive, a pessoa pode bloquear”, afirmou
Vaccarezza. A proposta, no entanto, não permite que sites de conteúdo façam
campanha paga.
Sobre o destino dos votos de candidatos
cassados, se contarão para a legenda ou serão anulados, o coordenador do grupo
de trabalho da reforma eleitoral informou que esse é um ponto ainda em debate.
“Particularmente, penso que deve valer para a legenda, mas outros deputados
pensam que todos esses votos devem ser anulados”, disse Vaccarezza. Ele
informou que caso a divergência persista até o dia da votação, esse ponto não
será incluído.
Ficha Limpa
O deputado também fez questão de
esclarecer que, diferentemente do que foi divulgado em alguns veículos de
comunicação, a proposta não muda a Lei da Ficha Limpa, facilitando a disputa
para os candidatos condenados por terem suas contas rejeitadas. “Isso é um
acinte; não tem nenhum mérito”, disse. “Inclusive, nem foi colocada em votação
no grupo de trabalho e o TSE já resolveu. Então, é desnecessário ser votado”,
explicou o deputado.
Outra alteração é a que obriga a Justiça
Eleitoral a entregar a declaração de quitação eleitoral para quem teve sua
prestação de contas de campanha rejeitada. “Para o cidadão estar quites, basta
ele votar. O processo de quem foi candidato deve ser tratado com fiscalização
das contas e com as devidas punições cabíveis”, argumentou.
Para Vaccarezza, a reunião com os líderes
partidários foi positiva. Ele acredita que a proposta pode ir para votação em
plenário já na próxima semana. Para valer para 2014, a proposta precisa ser
aprovada e sancionada antes de 5 de outubro. (Fonte: PT na Câmara)
Nenhum comentário:
Postar um comentário