quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo de economista assegura que Estado de Carajás é viável




Autor do estudo intitulado “Assimetrias regionais no Brasil – Fundamentos para criação do Estado de Carajás”, de 650 páginas, o economista Célio Costa mostrou, durante palestra na manhã da última terça-feira (14), no auditório da Prefeitura de Parauapebas, que a criação do Estado de Carajás é viável, técnica e economicamente.

Durante a apresentação do estudo, Célio Costa revelou aos presentes que os principais dados técnicos levantados para elaboração do documentário foram coletados juntos ao IBGE, Secretaria do Tesouro Nacional, Balanço Geral do Estado do Pará e de outros órgãos.

Segundo o autor do estudo, ele levou 16 meses para fazer os levantamentos e coletas dos dados em órgãos públicos para elaboração do documentário, sob patrocínio da Associação dos Municípios do Araguaia, Tocantins e Carajás (AmatCarajás), com apoio dos prefeitos Wenderson Chamonzinho (Curionópolis), Darci Lermen (Parauapebas) e Maurino Magalhães (Marabá); e da Associação Comercial e Industrial de Marabá (Acim), apoiado pelos empresários Leonildo Borges Rocha (Leo), Heleno Costa e Zeferino Abreu Neto (Zefera), entre outros.

O economista discorda do método de elaboração de outros estudos que dizem que o Estado de Carajás seria inviável, sob a justificativa de que os dados teriam sido levantados por meio do Produto Interno Bruto (PIB). “Ora, se formos por esse lado, o PIB do futuro Estado de Carajás é maior do que oito estados brasileiros, fato que inviabilizaria, também, essas oito unidades federativas do país”, observa Célio Costa, adicionando que esses dados demonstram a fragilidade do estudo que condena a criação de Carajás.

Na exposição do estudo, Célio Costa mostra dados comprovando que o novo estado será plenamente viável, com superávit na sua implantação na ordem de R$ 1 bilhão, portanto, sem nenhum ônus para a União.

O expositor exibiu na apresentação dezenas de gráficos indicando números e percentuais comparativos que dão a certeza de que o projeto tem fundamento positivo, apontando a emancipação como grande oportunidade de desenvolvimento da região estudada.

Baseado no trabalho elaborado, Célio Costa encorajou aos presentes a se engajarem na luta pela criação do Estado do Carajás, votando “sim” no plebiscito, “porque ele é viável e vai trazer a possibilidade de desenvolvimento aos pioneiros e filhos desta região, com acesso a educação básica, universidades e hospitais públicos, saúde e segurança pública”.

MIGRAÇÃO
O economista explicou que os estados que mais cedem migrantes para a região Carajás a ser emancipada são, pela ordem, Maranhão (46%), Tocantins (15%) e Goiás (7%). Mostrou que o Pará atual recebe também pessoas do Maranhão (38%) e Tocantins (8%), além do Amazonas (6%).

“A lógica de criação do Carajás não parece representar uma ruptura com o estado cedente, pois toda a história conjunta entre o território cedente e o novo a ser criado e suas complementaridades parece garantir que Carajás se apresente como uma nova fronteira de oportunidades políticas, sociais e econômicas para a população do próprio Pará”, defende Célio Costa.

Considerando a constante falta de investimentos em infraestrutura por parte do governo estadual nas regiões sul e sudeste do Pará, e com isso evasão de receitas, o técnico explica que com a criação de uma nova unidade federativa do país surge a oportunidade de recuperação da receita perdida e o automático desenvolvimento dessas regiões, com destaque para as áreas de mineração, industrialização, pecuária e outros segmentos.

A apresentação do estudo de Célio Costa foi prestigiada pelo prefeito Darci José Lermen, secretários municipais, alguns vereadores, membros das comissões Brandão Pró-Emancipação do Estado de Carajás (regional e municipal), representantes de organizações governamentais e não-governamentais, e de outros segmentos. (Waldyr Silva/CT)

Um comentário:

Roberto C. Limeira de Castro disse...

Belo relatório sobre a viabilidade econômica do Estado de Carajás realizado pelo economista Célio Costa. O mesmo é válido para o novo Estado de Tapajós e outros 12 Estados, cujos projetos se encontram nas gavetas da Câmara Federal e do Senado. O raciocínio lógico é simples: Se você possue vastas quantidades territoriais abandonadas no país que correspondem a cerca de 80% do seu território e explora apenas 20% do mesmo, as riquezas da Nação ficam limitadas ao percentual explorado. Se aproveita apenas 20% do território total e tem que prover o bem estar de 100% da população, a maioria do povo permancerá para sempre na miséria. Como o país poderá desenvolver-se, se não utiliza, nem os seus recursos naturais, nem o Capital Humano a sua disposição, cuja maioria vive na mais absoluta das misérias e na ignorância? Esse relatório deve ser transformado numa cartilha didática para o Plebiscito e distribuída a cada eleitor dos dois Estados em emancipação, inclusive de áreas neutras como Marajó e nordeste do Estado. Todas as prefeituras devem se engajar nesta tarefa, juntamente com a equipe do Duda Mendonça que fará a campanha eleitoral.Além, de sindicatos, blogs da rede social, e Associações aliadas.Todas as escolas das duas regiões devem receber e colaborar com a distribuição entre professores e alunos, para que possamos preparar os futuros cidadãos dos dois novos Estados grandiosos da Nação.