quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

População fica sem água durante três dias em Parauapebas

Até o fechamento desta matéria, ontem à tarde (quarta-feira), milhares de consumidores de Parauapebas ainda penavam com a falta de água tratada nas torneiras de suas residências e comércio, por conta do rompimento de uma adutora localizada no cruzamento das ruas Cristo Rei e Santa Helena, no Bairro Rio Verde, ocorrido na madrugada de domingo (2). Os bairros mais atingidos com a falta de agia foram Rio Verde, Cidade-Nova, União, Liberdade e Primavera.

Esta não foi a primeira vez que a adutora principal de distribuição de água se rompe na cidade. A alegação do órgão responsável pela distribuição de água sobre os constantes rompimentos da tubulação é que a mesma foi construída com fibra de amianto, material já bastante obsoleto.

Na terça-feira (3), a coordenação do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) distribuiu nota à imprensa, informando que a conclusão dos serviços de reparação da tubulação ocorreria dentro de 24 horas, mas até ontem (4) à tarde muitos consumidores ainda continuavam sem o preciso líquido.

O problema da falta de água tratada em Parauapebas já vem de longos anos. O atual prefeito do município, em seu primeiro mandato, ampliou o serviço de captação, tratamento e distribuição de água, mas a situação até hoje não foi resolvida, uma vez que a falta do precioso líquido ocorre todos os dias em vários bairros da cidade.

A prefeitura construiu no Bairro Liberdade II uma nova estação de captação, tratamento e distribuição de água, com a promessa de solucionar o problema de água na cidade. A obra foi concluída há mais de três anos, mas o sistema nunca funcionou, deixando a população penando com a falta do precioso líquido nas torneiras.

RECLAMAÇÕES
O pedreiro Raimundo Espírito Santo, residente na Rua Amazonas, Bairro Rio Verde, diz que nestes três dias sem água na torneira já perdeu a conta de quanto gastou na compra de água mineral para utilizar nos serviços básicos de sua residência, uma vez que ele e seus vizinhos não possuem poços para tirar água, quando falta em casa.

“Isso é uma vergonha para os setores responsáveis pelo serviço de fornecimento de água, pois é constante o rompimento de cano, sem falar nos rodízios no fornecimento de água em bairros da cidade”, dispara o consumidor.

Quem também protestou contra as repetidas faltas de água tratada em sua residência foi a dona de casa Esmeralda Mourão de Sousa, residente na Rua 5, Bairro Primavera, afirmando que um dos filhos dela deixou de ir à escola porque não havia água para ela lavar a farda do estudante.

Outro que falou à reportagem sobre o problema foi Hélio Gonçalves Pinheiro, residente na Rua Olavo Bilac, Bairro Liberdade II. “A prefeitura construiu uma estação de captação e tratamento de água aqui no bairro, mas o sistema nunca foi inaugurado, e por isso a gente vem penando com a falta do produto”, lamenta. (Ronaldo Modesto/Waldyr Silva)

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