Desde 5 de abril de 2003, venho lutando para que de uma forma diferente, de umas simples 6 cestas básicas, das quais só apresentou e aceitaram uma simples nota de pedido de 3 e que nem pra mim foi, que o senhor Antonio Wantoildo Almeida Rodrigues seja punido pela Justiça através de um processo por danos morais que eu, Ângela Lúcia Alves da Cruz, dei entrada e em meio a este temporão ainda tiveram o desplante de me mandarem um documento perguntando se eu queria desistir do processo. É uma vergonha um processo desses. Condições financeiras ele tem de pagar o que cobro, mas ele só paga conta na prisão ou na Justiça. Até o Boletim de Ocorrência deu muito trabalho pra fazer, 5 dias depois. Processo 0002230-40.2006.
A sociedade diz: “Há muitas mulheres que gostam de apanhar”. Se tem, é uma minoria. A verdade é que isso é um mito, a não ser as sadomasoquistas, que nunca foi o meu caso. Eu já sabia por que sofri tantos anos sendo agredida por aquele que dizia que me amava e era o pai das únicas filhas minhas e dele, e não fazer Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil. Eu já estava me privando de passar pelo preconceito e discriminação, como se eu pedisse pra apanhar, sendo que o que eu tinha em mente é que era muito feio dar parte e continuar morando juntos.
A primeira vez que me separei foi logo no começo, pois ele logo deu sinal de ser agressivo e violento. Mas, com vergonha, eu me escondia das pessoas e parentes, quando aparecia com manchas e dizia que eu tinha caído no banheiro. Fui pra casa dos meus pais e lhes falei que precisava ficar uns dias, mas meu pai, muito severo, falou para Antonio Wantoildo que não dava pra eu ficar na sua casa de volta, pois ele tinha me dado muitos conselhos, e eu em silêncio peguei minhas coisas e o chamei do assento que estava e fomos embora;
Mais da metade dos anos eu dizia que era por causa das filhas. Mas um dia olhei pra elas e pra mim e vi que não podia mais usar aquela desculpa. Só depois que lhe falei das agressões é que ele disse que não me queria lá porque eu iria tá saindo pras festas e chegando tarde, batendo na porta e incomodando o seu sono.
Hoje, analisando toda a história próxima de uma década só de luta, sinto-me indignada, pois quando a mulher não dá parte dizem que ela é que não presta, e quando procura a Justiça é humilhada também pelos servidores, que fazem chacota da sua cara. No Fórum de Parauapebas, a diretora de secretaria, Viviane de Alcântara Alves de Melo, todas as vezes que eu ia procurar ver como estava o processo ela me fazia a mesma pergunta: “E aí, Ângela, já arrumou outro marido? Mulher, arruma outro e larga este Wantoildo de mão!”. Quando mudava, ela dizia: “Ângela, o teu problema é que você tem que arrumar um marido que te sustente”. Eu, Ângela, nunca precisei de conselhos dela.
Por outro lado, o juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Parauapebas, Everaldo Pantoja e Silva, toma conhecimento de todo o processo, que é o seu dever como juiz, antes do momento da audiência, nos recebe na sala de audiência. Ao meu lado um advogado público e ao lado dele (ex-marido) um advogado do grandioso escritório Marques Advocacia, localizado na Rua C, próximo ao Fórum. O juiz sem precisar de prova alguma a mais pra saber que o senhor Wantoildo tem condições de pagar o valor que está sendo cobrado, até porque o grupo de advogados com certeza cobrou metade do meu valor e nem precisou apanhar nu no meio da rua, que foi o meu caso, motivado por processo de pensão.
Em quase todos os lugares por onde passei, escutei: “Mulher, mas ele te bateu de novo, depois disso?”. DIGO: Não, ele não me bateu de novo. Só que das outras vezes eu morava com ele, e agora foi diferente, pois eu estava separado de corpos e foi aí que eu muito me revoltei: APANHAR DEPOIS DE SEPARADA. Mas, se o juiz não me der ganho de causa, não adiantarão nada os meus esforços, pois ele ficará por aí impune, continuando fazendo graça da minha cara.
No processo em questão, brigo por uma surra que levei na casa que morava na época, já separada e não o perturbava. Já estou de saco cheio dessa Justiça lerda, a Defensoria também não dar conta, a Delegacia da Mulher não dar conta, o juiz não dar conta, e esse batedor de mulher fica por aí impune. Lembro como se fosse hoje, ele falando: “Você não sabe por que está apanhando, mas eu sei por que estou batendo”.
O mínimo que quero que aconteça é ele pagar o valor que cobro, que é um valor baixo que ele tem condições mais do que suficiente e dependo de um despacho encantado de um juiz, que nem com várias varas ele acha que a minha paciência nunca tem que chegar no limite.
Esta carta poderá me causar até ameaças, e com certeza vou precisar de um advogado. Pode ser você, mas eu não vou sossegar enquanto eu não conseguir dizer para a sociedade parauapebense, a qual faço parte desde 1985. que mulher gosta de carinho e não de apanhar de homem.
Ângela Lúcia Alves da Cruz / Parauapebas/Pará (angelaalves06cruz@gmail.com)
A sociedade diz: “Há muitas mulheres que gostam de apanhar”. Se tem, é uma minoria. A verdade é que isso é um mito, a não ser as sadomasoquistas, que nunca foi o meu caso. Eu já sabia por que sofri tantos anos sendo agredida por aquele que dizia que me amava e era o pai das únicas filhas minhas e dele, e não fazer Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia Civil. Eu já estava me privando de passar pelo preconceito e discriminação, como se eu pedisse pra apanhar, sendo que o que eu tinha em mente é que era muito feio dar parte e continuar morando juntos.
A primeira vez que me separei foi logo no começo, pois ele logo deu sinal de ser agressivo e violento. Mas, com vergonha, eu me escondia das pessoas e parentes, quando aparecia com manchas e dizia que eu tinha caído no banheiro. Fui pra casa dos meus pais e lhes falei que precisava ficar uns dias, mas meu pai, muito severo, falou para Antonio Wantoildo que não dava pra eu ficar na sua casa de volta, pois ele tinha me dado muitos conselhos, e eu em silêncio peguei minhas coisas e o chamei do assento que estava e fomos embora;
Mais da metade dos anos eu dizia que era por causa das filhas. Mas um dia olhei pra elas e pra mim e vi que não podia mais usar aquela desculpa. Só depois que lhe falei das agressões é que ele disse que não me queria lá porque eu iria tá saindo pras festas e chegando tarde, batendo na porta e incomodando o seu sono.
Hoje, analisando toda a história próxima de uma década só de luta, sinto-me indignada, pois quando a mulher não dá parte dizem que ela é que não presta, e quando procura a Justiça é humilhada também pelos servidores, que fazem chacota da sua cara. No Fórum de Parauapebas, a diretora de secretaria, Viviane de Alcântara Alves de Melo, todas as vezes que eu ia procurar ver como estava o processo ela me fazia a mesma pergunta: “E aí, Ângela, já arrumou outro marido? Mulher, arruma outro e larga este Wantoildo de mão!”. Quando mudava, ela dizia: “Ângela, o teu problema é que você tem que arrumar um marido que te sustente”. Eu, Ângela, nunca precisei de conselhos dela.
Por outro lado, o juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Parauapebas, Everaldo Pantoja e Silva, toma conhecimento de todo o processo, que é o seu dever como juiz, antes do momento da audiência, nos recebe na sala de audiência. Ao meu lado um advogado público e ao lado dele (ex-marido) um advogado do grandioso escritório Marques Advocacia, localizado na Rua C, próximo ao Fórum. O juiz sem precisar de prova alguma a mais pra saber que o senhor Wantoildo tem condições de pagar o valor que está sendo cobrado, até porque o grupo de advogados com certeza cobrou metade do meu valor e nem precisou apanhar nu no meio da rua, que foi o meu caso, motivado por processo de pensão.
Em quase todos os lugares por onde passei, escutei: “Mulher, mas ele te bateu de novo, depois disso?”. DIGO: Não, ele não me bateu de novo. Só que das outras vezes eu morava com ele, e agora foi diferente, pois eu estava separado de corpos e foi aí que eu muito me revoltei: APANHAR DEPOIS DE SEPARADA. Mas, se o juiz não me der ganho de causa, não adiantarão nada os meus esforços, pois ele ficará por aí impune, continuando fazendo graça da minha cara.
No processo em questão, brigo por uma surra que levei na casa que morava na época, já separada e não o perturbava. Já estou de saco cheio dessa Justiça lerda, a Defensoria também não dar conta, a Delegacia da Mulher não dar conta, o juiz não dar conta, e esse batedor de mulher fica por aí impune. Lembro como se fosse hoje, ele falando: “Você não sabe por que está apanhando, mas eu sei por que estou batendo”.
O mínimo que quero que aconteça é ele pagar o valor que cobro, que é um valor baixo que ele tem condições mais do que suficiente e dependo de um despacho encantado de um juiz, que nem com várias varas ele acha que a minha paciência nunca tem que chegar no limite.
Esta carta poderá me causar até ameaças, e com certeza vou precisar de um advogado. Pode ser você, mas eu não vou sossegar enquanto eu não conseguir dizer para a sociedade parauapebense, a qual faço parte desde 1985. que mulher gosta de carinho e não de apanhar de homem.
Ângela Lúcia Alves da Cruz / Parauapebas/Pará (angelaalves06cruz@gmail.com)
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