sexta-feira, 19 de outubro de 2007

MST desocupa ferrovia e mantém acampamento no local

Barracas permanecem construídas...
...às margens da estrada de ferro

Depois de negociação com representantes do Governo do Estado, os integrantes do MST decidiram desocupar os trilhos da Estrada de Ferro Carajás (EFC), interditados há dois dias.
Dentro do acordo, ficou acertado que representantes do movimento vão discutir no próximo dia 25, em Brasília, uma pauta de reivindicações apresentada pelos trabalhadores sem-terra.
Mesmo com a liberação da ferrovia, agricultores não param de chegar ao local. Cerca de 900 garimpeiros vieram de Serra Pelada para reforçar o protesto, afirmando que só vão sair do local quando tiverem os pedidos atendidos.
Informação da Vale do Rio Doce, empresa responsável pela ferrovia, dá conta que em dois dias de paralisação 500 mil toneladas de minério de ferro deixaram de ser transportadas até o porto de Ponta da Madeira, no Maranhão.
O assessor de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará, Eduardo Ciso, veio para negociar com os líderes do movimento, mas caso as negociações não sejam satisfatórias e a ocupação às margens da ferrovia não seja dispersa, forças policiais serão autorizadas a intervir.

Comunicado da CVRD
1) Os trens da Estrada de Ferro Carajás (EFC) voltaram a circular no fim da tarde de hoje (18/10) com restrições;
2) A área em torno da ferrovia continua ocupada por invasores;
3) A ferrovia só voltou a funcionar após representantes do governo estadual visitarem o local;
4) A Vale continua preocupada com a segurança dos passageiros, empregados e dos próprios invasores;
5) Até o início da noite, representantes do governo estadual continuavam reunidos com integrantes do MST sem conseguir liberar a área;
6) A CVRD permanece aguardando o cumprimento da determinação judicial de desocupação do local;
7) A Vale continua preocupada com a possibilidade de os invasores voltarem a interromper o tráfego de trens;
8) A Justiça Federal de Marabá já encaminhou ofício à governadora do Pará, Ana Júlia, e ao ministro da Justiça, Tarso Genro, requisitando apoio das polícias Militar e Federal para cumprir a decisão judicial de desocupação do local;
9) A CVRD reafirma que cabe aos governos federal e estadual a resolução de conflitos socais que envolvam as reivindicações apresentadas pelo MST.

Um comentário:

Val-André Mutran  disse...

É a mudança!
Waldyr é mudança mesmo: para o Estado do Carajás!