sábado, 16 de abril de 2011

Curso de preparação para pessoas interessadas em adotar crianças

Fotos: Waldyr Silva
Turma do primeiro curso

Advogada Rita de Cássia

Psicóloga Sara Giusti

Preocupadas com a quantidade de crianças e adolescentes que surge no município para adoção, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) e a Vara da Infância e Juventude de Parauapebas realizaram nesta quinta e sexta-feira (14 e 15) o Curso de Adoção de Crianças.

Ministrado pela advogada Rita de Cássia Aguiar, psicóloga Sara Giusti e pela assistente social Izabel Cristina, o curso faz parte do processo de habilitação para os interessados em adotar criança ou adolescente em Parauapebas. Os participantes do curso participaram de avaliação psicossocial e receberam formação para ajudar em melhor exercício da paternidade.

Na abertura do curso, quinta-feira (14), estiveram presente o juiz de Direito da Vara da Infância e Juventude de Parauapebas, Everaldo Pantoja e Silva; o secretário municipal de Assistência Social, Judson de Sousa Gomes; o coordenador de programas da Semas, Fabiano Marinho Dias; e as três palestrantes.

O curso, que teve carga de 16 horas, teve como tópicos os aspectos sociais e psicológicos e aspectos jurídicos de adoção, que os interessados puderam aprender e tirar dúvida de como adotar uma criança.

O encerramento da atividade aconteceu nesta sexta-feira (15), às 18 horas, com a entrega de certificados para todos os participantes do curso, que saíram conhecendo mais os procedimentos de como adotar uma criança.

À ESPERA
Em declarações prestadas à reportagem, a psicóloga Sara Giusti revelou que hoje se encontram em abrigo da prefeitura quatro crianças menores de 12 anos de idade e um adolescentes à disposição de pessoas interessadas na adoção desses menores. Dessas crianças, três são filhas dos mesmos pais, o que vem dificultando a adoção delas, uma vez que a lei de adoção recomenda que nestes casos os menores devam ser preferencialmente adotados por uma única família.

Para ter direito em adotar alguma criança, é necessário que a pessoa interessada preencha cadastro regional e nacional de adoção no Fórum de Justiça local e atenda a alguns requisitos, como, por exemplo, participar de um curso com duração de dois dias, ter idade mínima de 18 anos, disponibilidade para ser pai ou mãe, ter bons antecedentes sociais e criminais, ambiente apropriado para acolhimento do novo membro da família, entre outros requisitos.

A psicóloga alerta que é crime abandonar criança no meio da rua e por isso não custa nada a mãe ser sincera para procurar os órgãos competentes, confessar que não tem condições de criar o filho e pedir para que o mesmo seja adotado por famílias devidamente cadastradas e com melhores condições de adotar uma criança que os pais não tenham condições financeiras ou psicológicas para criar.

Por seu turno, a advogada Rita de Cássia informa que, a exemplo do que já ocorre em nível nacional, o juiz da Vara da Infância e Juventude de Parauapebas, Everaldo Pantoja e Silva, está implantando em Parauapebas o cadastro de pessoas interessadas em adotar crianças abandonadas pelos pais.

Embora não soubesse revelar números absolutos de crianças abandonadas no município, Rita de Cássia adiantou que o índice de abandono de filhos é muito preocupante em Parauapebas, daí a necessidade que a sociedade saiba como adotar essas crianças e adolescentes. (Waldyr Silva/CT)

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