Brasília - “O Brasil precisa respeitar e conviver com a diversidade religiosa. O preconceito e a intolerância religiosa existem e precisam ser combatidos com ações afirmativas e políticas públicas”.
A afirmação é do subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Perly Cipriano, ao participar nesta terça-feira (9) do seminário "Centenário da umbanda: matriz religiosa brasileira", na Comissão de Direitos Humanos da Câmara, em Brasília.
De acordo com o secretário, o governo Lula estuda a criação do Plano Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, que, entre outras ações, prevê que todas as escolas do país trabalhem o tema em sala de aula para educar os jovens brasileiros sobre o tema.
Perly fez um balanço sobre os principais desafios em torno do assunto e disse que o Brasil já conseguiu avançar bastante no esclarecimento da população sobre a importância cultural de todas as religiões do país, especialmente da umbanda.
O presidente do Conselho Nacional da Umbanda do Brasil, Sílvio Garcez, reclamou da discriminação que existe em torno das religiões afros, afirmando que não existem religiões ruins. “Todas são boas e alimentam a alma daqueles que as buscam”.
Garcez pediu apoio do parlamento brasileiro em torno do tema e disse que é muito difícil lidar com o preconceito religioso. O debate foi presidido pelo deputado federal Luiz Couto (PT-PB).
A deputada federal Janete Rocha Pietá (PT-SP) participou do seminário e ressaltou a importância de debates como este no âmbito do parlamento. "É importante que o Legislativo trabalhe no sentido de valorizar a pluralidade e o respeito para com todas as manifestações religiosas e culturais que integram o conjunto da nação".
Ela lembrou ainda o ato ocorrido em Guarulhos, no dia 8/12, aniversário da cidade, quando foi inaugurada placa que registra o local onde existia a antiga igreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos, que durante muito tempo congregou mulheres e homens negros para suas celebrações.
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