Sempre alvo de denuncismo no noticiário – muitas
vezes merecido –, o Congresso Nacional foi constantemente criticado como se
fosse o poder mais perdulário nos gastos públicos. Principalmente o Senado, por
ter apenas 81 senadores, enquanto a Câmara possui 513 deputados. Pois não é que
o Supremo Tribunal Federal (STF) deixa o Senado no chinelo!
O STF tem 269 funcionários por ministro, enquanto no
Senado a relação é de 105 funcionários por senador. Os números, obtidos nos
portais da transparência, incluem concursados, comissionados e terceirizados.
Com apenas 11 ministros, o STF tem 1.086
funcionários efetivos (concursados), 576 comissionados (nomeados sem concurso)
e 1.297 terceirizados. Todos os números chamam atenção pelo excesso, mas em
especial os 576 comissionados, em um órgão de natureza técnica, com os
ministros tendo cargos vitalícios.
Para que tantos cargos escolhidos a dedo, sem
concurso? Vá lá que cada ministro leve dois ou três assessores de sua estrita
confiança. Mais do que isso, deveriam utilizar-se dos recursos humanos concursados
à disposição.
Além do elevado número de funcionários, a Corte
inflou o número de beneficiários do plano de saúde STF-Med, segundo reportagem
de um jornal carioca. Informou ao Ministério do Planejamento, para efeito de
repasse de verbas, haver entre 6,1 mil e 6,7 mil servidores e dependentes nos
últimos três anos, quando o número real era 4,2 mil beneficiários. O erro
onerou indevidamente o tesouro nacional em R$ 5,6 milhões por ano, acima do
valor que deveria ser repassado. (Fonte: Limpinho e Cheiroso)
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