Fotos: Ronaldo Modesto
Mobilizados inicialmente por meio da ferramenta WhatsApp
(no celular), um grupo de profissionais da imprensa e empresários de
Parauapebas há dias vem debatendo a situação da violência que atualmente atinge
o município, no intuito de buscar soluções que possam ajudar os órgãos de
segurança pública a baixar o nível de criminalidade na cidade.
O movimento pró-paz recrudesceu após o atentado à
bala sofrido pelo militante petista e membro da imprensa Vandernilson Santos da
Costa, o “Popó”, quando ele saía da residência no Bairro Rio Verde, dia 13 do
corrente, e foi atingido por três tiros à queima roupa.
Simultaneamente ao atentado sofrido por “Popó”, que
se encontra recuperando dos ferimentos no braço, ombro e nuca, surgiu uma carta
anônima na cidade, dando conta que outras pessoas ligadas à imprensa, sindicatos,
OAB e associações estariam marcadas para morrer.
Para surpresa do grupo, que, entre outros, é
integrado por Frank James (criador do grupo e recém-empossado presidente da
Associação de Imprensa e Comunicação de Parauapebas-Aicop), Laércio de Castro e
Waldyr Silva (ex-presidentes da Aicop); Genésio Filho (TV Amazônia), Rodolfo
Ramos (Agência Ramos), Robervaldo Vieira (assessor do deputado estadual Milton
Zimmer), Bariloche Silva (portal Pebinha de Açúcar), Marcelo Catalão
(presidente do Siproduz), Raimundo Santos (diretor da RBATV), Amparo Borges
(Revista Olhares) e Carlos Campos (portal Show de Bola), na noite da última quinta-feira
(23) o apresentador Kelves Raniery do programa Barra Pesada e o cinegrafista
Chico Souza, ambos da RBATV, foram vítimas de atentado numa pizzaria localizada
no Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas.
Conforme apurou a reportagem junto às vítimas, um bandido
chegou de arma em punho na pizzaria e anunciou o assalto, assaltando clientes e
depois disparando contra os dois profissionais de imprensa. Do lado de fora,
uma mulher fazia cobertura ao comparsa numa motocicleta.
O grupo quer saber se o assaltante, que conseguiu
fugir do local, disparou por que reconheceu Chico Souza e Kelves Raniery como
profissionais de imprensa que atuam no jornalismo policial ou se foi um crime
premeditado.
Reuniões
Nesta sexta-feira (24), liderado pelo presidente da
Aicop, Frank James, o grupo se reuniu na sede do Jornal Tabloide para definir
estratégias que possam colaborar com a redução do índice de violência. Da
redação do jornal, a comitiva saiu em direção ao quartel do 23º Batalhão de
Polícia Militar, onde foi recebido pelo subcomandante da corporação, major
Modesto, com quem discutiu o assunto. Em seguida, os integrantes da imprensa
estiveram no Corpo de Bombeiros e depois na Delegacia de Polícia Civil.
Na manhã de hoje (sábado), o grupo, representado por
Frank James, Waldyr Silva, Rodolfo Ramos, Genésio Filho, Amparo Borges, Ronaldo
Modesto e Cleo Lopes, reuniu-se no quartel da Polícia Militar com
representantes da PM, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Detran, DMTT, Coordenadoria
Municipal de Defesa Civil, Secretaria Municipal de Segurança Institucional,
Defesa do Cidadão, e Ascom PMP, no intuito de colaborar nas ações desenvolvidas
pelos órgãos de segurança pública.
Durante o encontro, os representantes da imprensa ratificaram
que estão sempre à disposição para veicular as ações que venham inibir a
criminalidade e solicitaram dos representantes dos órgãos públicos enumerar as
dificuldades enfrentadas com relação à deficiência na quantidade do
contingente, viaturas e demais equipamentos para combater o crime.
Por sua vez, os representantes dos órgãos de
segurança informaram que estão elaborando estratégias de inteligência, que não
podiam ainda ser reveladas, para atuar no combate à criminalidade em
Parauapebas e região.
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