Numa palestra denominada “Encontro com a imprensa de
Parauapebas”, ocorrida na tarde desta quinta-feira (23) em Carajás, o diretor
de Operações Ferrosos Norte da empresa Vale, Paulo Horta, que responde pelos
projetos de minério de ferro em Carajás e Serra Leste, mostrou a jornalistas de
Parauapebas que indicadores sociais de munícipios mineradores são maiores que a
média brasileira.
De acordo com levantamento apresentado pelo diretor
da Vale, o município de Parauapebas tem a mais alta receita total entre os
principais municípios mineradores e da maioria dos municípios brasileiros do
mesmo porte. O total de receitas recebidas por Parauapebas em 2014, segundo
dados do IBGE, gerou uma receita de R$ 6.223,00 por habitante, considerando uma
população de 183 mil pessoas.
Comparando estes dados com Itabira, em Minas Gerais,
e com Americana, em São Paulo, com população semelhante e indicadores sociais
mais elevados, o total da receita de Parauapebas é ainda maior.
Cfem
e ISS
Nos dados apresentados aos jornalistas, consta que,
no período de 2013 a 2015, a empresa Vale pagou R$ 1,3 bilhão em Compensação
Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), sendo 842,78 milhões
destinados ao município de Parauapebas. Somados ao Imposto sobre Serviços
(ISS), o município recebeu R$ 1 bilhão nos últimos três anos.
Vida
útil da reserva
Um assunto muito discutido na região é quanto ao
tempo de exaustão da mina de ferro em Carajás. Para esclarecer o tema, Paulo
Horta respondeu que estudos apresentados para a Comissão de Segurança e Câmbio revelam que em
2034, portanto, daqui a 18 anos, a reserva de minério conhecida e estudada até o momento será toda explorada na
Serra Norte, que conta com nove corpos minerais e hoje a Vale atua em apenas dois deles.
Cabe esclarecer que, conforme detalhado no
relatório, os resultados reais poderão diferir consideravelmente das
prospecções, em virtude de vários fatores. Isso quer dizer que ao longo de vida
útil das minas atuais como Carajás ocorrem estudos nas áreas existentes e em
novos alvos em busca de recursos adicionais que possam ser transformados em
reservas para o aumento da vida útil do empreendimento.
Assim, o tempo de vida útil da mina de Carajás
poderá ser prolongado, conforme a evolução de pesquisas geológicas em
desenvolvimento, a potencialidade de outros corpos em estudo e/ou conforme
estratégias de mercado e a tecnologia empregada, entre outras variáveis.
Minas
e ao CCO
Após a palestra, os representantes da imprensa foram
levados até o mirante da mina N4E, onde presenciaram os serviços de exploração
e carregamento de minério bruto em 118 caminhões fora de estrada para processo
de britagem, cada um com capacidade para transportar 240 toneladas.
Por último, os convidados da Vale conheceram a sala
do Centro de Controle Operacional (CCO), setor que monitora, via satélite, o
controle total das operações do complexo minerador de Carajás, desde as áreas
de controle de operação das minas, monitoramento remoto das condições vitais
dos equipamentos, passando pela usina e expedição, tudo em tempo real. (Waldyr Silva)
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