domingo, 19 de junho de 2016

NOTA DE REPÚDIO DA AMEPA

A Amepa, Associação dos Magistrados do Estado do Pará, entidade de classe que representa a judicância estadual, por meio de seu presidente, vem prestar apoio e solidariedade à associada Priscila Mamede Mousinho, juíza de Direito, repudiando o ato de violência perpetrado no fórum da Comarca de Curionópolis na noite de 18 de junho último.
Durante os acontecimentos, homens armados agrediram o vigilante do prédio da Justiça e arrombaram os gabinetes da magistrada e do membro do Ministério Público, sem que houvesse subtração de qualquer objeto, mas tão somente destruição do patrimônio público.
A ocorrência está em fase de investigação pela Polícia Civil e a magistrada já recebeu o apoio da presidência do egrégio Tribunal de Justiça e da Comissão Permanente de Segurança de Magistrados, imediatamente ao evento.
À evidência, a cautela exige aguardar o desfecho das investigações para conclusão do que, de fato, se deu na comarca de Curionópolis.
De qualquer sorte, seja qual for a intenção das pessoas que ingressaram na casa da Justiça, símbolo do mais importante órgão de controle social,  a Amepa destaca que não se curva a melindres, recados ou intimidações.
Infelizmente, vivemos o tempo da inversão de valores, do achincalhe para a diminuição dos poderes democráticos do Judiciário. Mas ninguém (repise-se, NINGUÉM) há de se sobrepor às autoridades judiciais para fazer a sociedade supor que voltamos ao tempo de desmandos de déspotas e seus capangas.
Aqueles que assim agirem e ousarem descumprir os comandos judiciais serão exemplarmente punidos, de modo a garantir a todos os cidadãos a tranquilidade de viver no meio social pacificado.
A altivez e a coragem funcional da magistrada Priscila Mamede Mousinho não serão afetadas e o apoio institucional à sua atividade judicante será incrementado.
O país vive momentos de dificuldades que estão sendo vencidos graças a termos construído um sólido estado democrático de direito, garantido pela independência e imparcialidade da magistratura brasileira, que não se intimida e não cede a pressões.
A Associação dos Magistrados do Pará, desse modo, repudia a ousadia da ação marginal e registra que permanece atenta aos acontecimentos envolvendo qualquer tentativa – ainda em tese – de ofensa às prerrogativas da magistratura e assim o fará sempre que o interesse público o exigir.
Belém, 19 de junho de 2016
Heyder Tavares da Silva Ferreira
Presidente da Amepa

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