Consumidor
consciente é aquele que pensa antes de adquirir um produto para
além das questões de preço e marca. Ele leva em conta o meio
ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de
trabalho. Esse tipo de atitude ainda pode parecer distante da
realidade de muitos consumidores, mas o Ministério do Meio Ambiente
(MMA) dá dicas simples que promovem mudanças significativas no dia
a dia.
Uma
pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e do
portal de Educação Financeira “Meu Bolso Feliz”, realizada em
todas as capitais brasileiras, mapeou o interesse do consumidor
sobre consumo consciente, identificando o comportamento perante os
desafios que o tema traz. Um dado relevante apontou que há uma
parcela significativa de pessoas que não sabem “muito bem o que
fazer” para praticar o consumo consciente (17%).
Para
auxiliar nesta questão, o MMA dá dicas de atitudes simples que têm
impacto positivo. “Nossos hábitos de consumo têm impacto tanto
sobre o nosso bem estar como de toda a sociedade e o meio ambiente.
É preciso alterar nossas velhas práticas e adotar padrões de
consumo que contribuam para a construção de uma sociedade mais
solidária e sustentável”, comenta a secretária de Articulação
Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Regina Gualda.
Antes
de comprar
A
primeira dica é pensar antes de comprar, analisando a real
necessidade de se adquirir um novo produto. Se optar pela compra,
escolher sempre os produtos originais e solicitar a nota fiscal.
A
pesquisa apontou que 50,7% dos entrevistados dizem analisar produtos
e marcas e desistir da compra se a empresa produtora adotar práticas
prejudiciais ao meio ambiente ou à sociedade.
“Cada
vez mais os consumidores procuram empresas que demonstrem
consciência e responsabilidade, seu comprometimento com
investidores, clientes, funcionários, as comunidades onde estão
inseridas e a sociedade em geral, além de sua preocupação com o
meio ambiente”, chama atenção a diretora de Produção e Consumo
Sustentáveis do MMA, Raquel Breda dos Santos.
As
dicas incluem dar preferência a produtos que possuam selos verdes
ou similares, conferidos por auditorias independentes, pois garantem
que o consumidor adquiriu um bem ecologicamente amigável. Outra
dica é dar preferência aos produtos locais. Além de movimentar a
economia da região, dar prioridade aos produtos locais gera
benefícios para a comunidade como um todo, é mais barato e mais
saudável para o organismo e o ambiente, e colabora para o
desenvolvimento da região. Mais uma dica: privilegie produtos
duráveis ao invés de descartáveis.
Uso
racional
Quando
falamos de comida, a dica é evitar o desperdício de alimentos. A
pesquisa relevou que 52,8% dos entrevistados indicaram que são
contra o desperdício de alimentos por princípio. A dica é servir
apenas o que for comer. Lembrando que o desperdício de alguns
representa a falta de alimentos para muitos outros.
Outra
atitude ambientalmente adequada que ganhou destaque na pesquisa é a
de evitar o uso indiscriminado da impressora (77,7%). O MMA reforça
que, além de evitar a impressão desnecessária, as pessoas podem
racionalizar a impressão usando a frente e o verso das folhas de
papel, reaproveitando aquele que foi usado apenas de um lado.
Outro
dado relevante é que 76,4% dos entrevistados dizem não utilizar o
carro para pequenos deslocamentos. Caminhar, optar pelo uso da
bicicleta, utilizar o transporte coletivo e realizar carona
solidária são atitudes complementares que beneficiam o meio
ambiente e a qualidade de vida nas cidades.
Descarte
Na
hora do descarte de resíduos, é importante checar o que pode ser
reutilizado e reciclado, praticando a coleta seletiva. Neste
aspecto, dois pontos da pesquisa chamam a atenção: a atitude
ambiental mais seguida pelos entrevistados (83,5%) foi a de
verificar a possibilidade de troca ou doação de algum item antes
de descartá-lo.
Já quando se
fala em descarte de resíduos, 53,2% dos entrevistados sempre
separam o lixo doméstico para reciclagem. Para garantir as
necessidades das pessoas sem comprometer aquelas das futuras
gerações, além de aumentar esse percentual, o MMA alerta para a
necessidade de se praticar os 3Rs:
- Reduzir: comprando apenas o necessário, diminuindo o descarte e o desperdício;
- Reutilizar: diminuindo o uso de energia, água e recursos naturais na produção de novos bens; e
- Reciclar: transformando os bens usados em matérias primas, que retornam ao ciclo produtivo, gerando emprego e renda para pessoas que trabalham com a coleta, o transporte e a reciclagem.
São
os 3Rs da sustentabilidade, que vão muito além da simples
separação do lixo. E, para o transporte das compras, a sugestão é
evitar o uso de sacolas plásticas descartáveis e privilegiar as
sacolas duráveis e retornáveis.
Para
nortear as ações do governo nessa área, o MMA implementa o Plano
de Ação para Produção e Consumo Sustentáveis (PPCS),
documento que reúne políticas, programas e ações que promovem
uma mudança para padrões mais sustentáveis de produção e de
consumo no País. O PPCS priorizou seis temas em seu primeiro ciclo
de implementação (2011-2014), dentre eles o de promover a educação
para o consumo sustentável.
Confira
mais dicas no “Pequeno
guia de consumo em um mundo pequeno”
Veja
a pesquisa
completa.
Tinna
Oliveira
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