segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cerca de 80 mil turistas devem visitar o Pará neste mês de julho

Estudo feito a pedido da Secretaria de Estado de Turismo (Setur) revela que cerca de 80 mil turistas passem pelo Estado do Pará durante este mês de julho, injetando algo em torno de US$ 20 milhões na economia local. O levantamento ouviu 2.220 turistas nos seis polos turísticos do estado.
Segundo o estudo, o sexo masculino representa 51% dos visitantes, com idades entre 18 e 35 anos. Cinquenta e quatro por cento são casados, 39% solteiros, 53% têm ensino superior completo, 52% ficam hospedados na casa de parentes ou amigos e 29% em hotéis. Quanto às razões da viagem, 58% chegam ao Pará por indicação de parentes ou amigos, 18% por informações veiculadas na internet e 13% estimulados por agências de viagens.
Ainda sobre as razões de se conhecer o estado, 52% dos turistas são motivados por lazer – dentro desse critério, 61% destacaram os atrativos naturais como maior incentivo para vir ao Pará. Para os turistas brasileiros que estiveram no estado, os aspectos mais destacados são cultura (57%), natureza (35%) e hospitalidade (22%). Desses visitantes, 88% manifestaram a intenção de voltar ao Pará e 93% recomendam o destino Pará a amigos e parentes.
Estrutura
A presença de tantos visitantes na cidade é, na visão de Adenauer Góes, titular da Setur, uma oportunidade ímpar para qualificar serviços dos mais variados setores ligados ao turismo, além de estruturar as redes hoteleira, gastronômica e de transportes, tão essenciais para o funcionamento da dinâmica de deslocamento, entretenimento e fidelização desse público, em todo o Estado. “O aumento do fluxo de pessoas permite que esses setores se organizem melhor e de forma mais permanente, não apenas no mês de julho”, complementa.
O alto índice de visitantes é constatado em visitas simples a locais que já se tornaram referência turística importante, na capital. A Estação das Docas é uma delas. Foi por lá que o industrial Gerson de Oliveira, do Rio de Janeiro, começou mais um passeio por Belém. “Dessa vez trouxe minha esposa, Indira Ribeiro, para conhecer a delícia que é essa cidade e, em especial, esse lugar”.
Logo mais à frente, Alanderson Perdigão era outro que destacava os atrativos naturais e museológicos da Estação das Docas. “Sempre fiz escala em Belém, mas permanecer na cidade para conhecer as belezas é a primeira vez”, conta o autônomo, que é natural de Macapá (AP).
O fim de tarde também guarda outros atrativos paisagísticos no Bairro Cidade Velha. Um deles é o Forte do Castelo, que associa peso histórico, riqueza cultural e uma vista privilegiada para o rio. Foi lá que o estudante Murilo Ricarte, natural de Fortaleza (CE), conheceu, na companhia da namorada, um pouco da história da cidade. “Até agora, conheci pouca coisa em Belém, mas garanto que gostei muito do que vi. É uma cidade na qual voltaria outras vezes, sem sombra de dúvida”, revelou.
Policiamento turístico
Belém é uma capital recheada de locais atraentes para visitantes. Todas as janelas para o rio são paradas obrigatórias e o fluxo de turistas é alto. Para garantir a segurança dos turistas, a Companhia Independente de Polícia Turística (Ciptur) está de prontidão para responder por esse atendimento. Segundo o subcomandante da companhia, capitão Cesar Carvalho, com o efetivo de 94 policiais eles monitoram os cartões postais da cidade.
“Nossas ações se concentram no centro histórico, entre Complexo Feliz Lusitânia, Ver-o-Peso, Mangal das Garças, Parque da Residência, Polo Joalheiro, Theatro da Paz, Museu e Basílica, com ronda em nossas três viaturas. Também temos postos fixos no aeroporto internacional, no terminal hidroviário e na Estação das Docas”, informa o capitão.
“Cerca de 10% dos nossos policiais falam inglês fluentemente. Eles estão nos seus pontos não apenas pela segurança, mas também para dar orientação e assistência aos turistas, entrar em contato com consulado ou Polícia Federal, caso seja necessário”, explica Cesar Carvalho.
Em julho, a Ciptur se divide entre Belém e o reforço na operação de verão nos balneários. “Estamos sempre em ronda, mas em julho a movimentação é bem maior nos interiores, inclusive de turistas, por isso nos dividimos. Também estamos sempre em trabalho integrado à Secretaria de Turismo do Estado, que nos informa sobre a chegada de cruzeiros. Muitos navios ancoram aqui na capital, e sempre temos policiais próximos dos locais visitados pelos turistas que chegam nessas embarcações. É o que chamamos de operação transatlântico”, completa o subcomandante. (Pedro Paulo Blanco / Gabriela Azevedo)

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