A
mineradora Vale deve respostas afirmativas, concretas e de
responsabilidade social e econômica à sociedade de Marabá pela
bolha de expectativas e projeções depois que o projeto Aços
Laminados do Pará (Alpa) foi lançado em 2008. Esse foi o
posicionamento do deputado estadual João Chamon Neto (PMDB) em
pronunciamento contundente no plenário da Assembleia Legislativa do
Pará nesta quarta-feira (17). O parlamentar teve apoio dos deputados
Dirceu ten Caten (PT), Sidney Rosa (PSB) e Luiz Sefer (PP).
Para o parlamentar, a expectativa advinda da promessa da siderúrgica em Marabá, assim como o grande alarde produzido pela empresa nesse sentido, levou empresários de diversos setores a investirem em imóveis, ampliação de hotéis, restaurantes e compra de equipamentos, sonhando com o impacto econômico da obra de grandes proporções.
De outro lado, a população em geral, principalmente a camada mais pobre, dedicou tempo em cursos profissionalizantes na área industrial, na perspectiva do aproveitamento de mão de obra local na operação da indústria, assim como no polo metal-mecânico.
Ocorre que desde então o projeto Alpa vem sofrendo seguidos adiamentos, na versão da Vale, inviabilizado pela dificuldade de escoamento da produção, devido à navegabilidade apenas parcial no Rio Tocantins entre Marabá e Tucuruí.
Fraude
João Chamon começou seu pronunciamento afirmando que a Alpa é “a maior fraude de que Marabá foi vítima durante toda a sua história de mais de 100 anos”. Chamon fez um breve relato de todos os grandes empreendimentos que foram realizados na promessa da execução. “A Alpa significa hoje para Marabá um projeto que morreu no nascedouro, mas que precisa continuar com a chama acesa. Todos nós que formamos a classe política da Marabá e da sociedade civil organizada precisamos nos unir no sentido de buscar respostas sobre muitas perguntas em aberto. O que aconteceu com a Alpa? Quem são os responsáveis pelo que ocorreu? E quem vai pagar a conta dos prejuízos ao povo de Marabá?”, questionou.
Chamon é vice-líder da bancada do PMDB na Alepa e destacou, ainda, dados como o processo de qualificação de jovens e de cidadãos comuns realizado pela Obra Kolping do Brasil e o Senai, onde mais de 10 mil trabalhadores qualificados desde então, dentre eles 80% de jovens para os mais diversos setores, continuam desempregados. “Quem vai pagar esta conta?”, emendou.
Ele lembrou que no mesmo período houve desaceleração e desmonte do setor guseiro do Distrito Industrial de Marabá, com o fechamento de uma dezena de empresas e demissão de mais de 10 mil trabalhadores.
No último doa 12 de junho, Chamon esteve reunido na sede da Subseção da OAB em Marabá, junto com o presidente Haroldo Gaia, o auditor trabalhista Frede Silveira e o diretor financeiro Ismael Gaia. No encontro, além desse aspecto, foi levantada a responsabilidade da Vale quanto à área que recebeu do Governo do Pará, destinada a abrigar a Alpa, como fase três do Distrito Industrial. Essa área tem uma obrigação de produzir retorno e produtividade à sociedade paraense.
“Agora tem também uma pergunta que também precisamos de resposta. O Governo do Estado desapropriou o terreno, como contrapartida, destinando-o à construção da Alpa na gestão da ex-governadora Ana Júlia, que o fez na melhor das intenções, mas agora a Vale se apropriou do terreno. Protocolei hoje (17) requerimento pedindo informações sobre este terreno, tais como em quais condições foi repassado o terreno à Vale. Que responsabilidades a mineradora tem com o estado por conta deste terreno?”, elencou João Chamon.
Apartes
Dirceu ten Caten pediu um aparte durante o pronunciamento de Chamon e elogiou a bandeira empunhada pelo colega. “Neste momento, precisamos somar forças na política minerária, principalmente neste momento em que no mês de julho vencerá uma grande concessão tributária fiscal que beneficia a Vale, que é a lei do diferimento. Quero parabenizar também a Ordem dos Advogados, que sempre foi parceira nas lutas dos interesses do Estado do Pará. Agora, não podemos negar as grandes sequelas que a Vale deixou para a nossa população com a expectativa do projeto”.
Sidney Rosa, por seu turno, sugeriu união. “Já está combinado que vamos ainda este mês para uma audiência com o ministro Miguel Rossetto. E neste caso da Alpa precisamos envolver não apenas a Vale e não apenas questionar o Governo do Estado a cerca do terreno, mas o governo federal também. Fui várias vezes até Marabá e os empresários não foram convidados. Eles foram desafiados, pois se não fizessem viria gente de fora e faria. Marabá vive um momento dramático e nós precisamos continuar avançando nas cobranças da execução da Alpa, pois ela foi um teatro que foi feito em Marabá e que não podemos abrir mão a despeito dos prejuízos e abrir mão da verticalização mineral”. (Assessoria de Imprensa)
Para o parlamentar, a expectativa advinda da promessa da siderúrgica em Marabá, assim como o grande alarde produzido pela empresa nesse sentido, levou empresários de diversos setores a investirem em imóveis, ampliação de hotéis, restaurantes e compra de equipamentos, sonhando com o impacto econômico da obra de grandes proporções.
De outro lado, a população em geral, principalmente a camada mais pobre, dedicou tempo em cursos profissionalizantes na área industrial, na perspectiva do aproveitamento de mão de obra local na operação da indústria, assim como no polo metal-mecânico.
Ocorre que desde então o projeto Alpa vem sofrendo seguidos adiamentos, na versão da Vale, inviabilizado pela dificuldade de escoamento da produção, devido à navegabilidade apenas parcial no Rio Tocantins entre Marabá e Tucuruí.
Fraude
João Chamon começou seu pronunciamento afirmando que a Alpa é “a maior fraude de que Marabá foi vítima durante toda a sua história de mais de 100 anos”. Chamon fez um breve relato de todos os grandes empreendimentos que foram realizados na promessa da execução. “A Alpa significa hoje para Marabá um projeto que morreu no nascedouro, mas que precisa continuar com a chama acesa. Todos nós que formamos a classe política da Marabá e da sociedade civil organizada precisamos nos unir no sentido de buscar respostas sobre muitas perguntas em aberto. O que aconteceu com a Alpa? Quem são os responsáveis pelo que ocorreu? E quem vai pagar a conta dos prejuízos ao povo de Marabá?”, questionou.
Chamon é vice-líder da bancada do PMDB na Alepa e destacou, ainda, dados como o processo de qualificação de jovens e de cidadãos comuns realizado pela Obra Kolping do Brasil e o Senai, onde mais de 10 mil trabalhadores qualificados desde então, dentre eles 80% de jovens para os mais diversos setores, continuam desempregados. “Quem vai pagar esta conta?”, emendou.
Ele lembrou que no mesmo período houve desaceleração e desmonte do setor guseiro do Distrito Industrial de Marabá, com o fechamento de uma dezena de empresas e demissão de mais de 10 mil trabalhadores.
No último doa 12 de junho, Chamon esteve reunido na sede da Subseção da OAB em Marabá, junto com o presidente Haroldo Gaia, o auditor trabalhista Frede Silveira e o diretor financeiro Ismael Gaia. No encontro, além desse aspecto, foi levantada a responsabilidade da Vale quanto à área que recebeu do Governo do Pará, destinada a abrigar a Alpa, como fase três do Distrito Industrial. Essa área tem uma obrigação de produzir retorno e produtividade à sociedade paraense.
“Agora tem também uma pergunta que também precisamos de resposta. O Governo do Estado desapropriou o terreno, como contrapartida, destinando-o à construção da Alpa na gestão da ex-governadora Ana Júlia, que o fez na melhor das intenções, mas agora a Vale se apropriou do terreno. Protocolei hoje (17) requerimento pedindo informações sobre este terreno, tais como em quais condições foi repassado o terreno à Vale. Que responsabilidades a mineradora tem com o estado por conta deste terreno?”, elencou João Chamon.
Apartes
Dirceu ten Caten pediu um aparte durante o pronunciamento de Chamon e elogiou a bandeira empunhada pelo colega. “Neste momento, precisamos somar forças na política minerária, principalmente neste momento em que no mês de julho vencerá uma grande concessão tributária fiscal que beneficia a Vale, que é a lei do diferimento. Quero parabenizar também a Ordem dos Advogados, que sempre foi parceira nas lutas dos interesses do Estado do Pará. Agora, não podemos negar as grandes sequelas que a Vale deixou para a nossa população com a expectativa do projeto”.
Sidney Rosa, por seu turno, sugeriu união. “Já está combinado que vamos ainda este mês para uma audiência com o ministro Miguel Rossetto. E neste caso da Alpa precisamos envolver não apenas a Vale e não apenas questionar o Governo do Estado a cerca do terreno, mas o governo federal também. Fui várias vezes até Marabá e os empresários não foram convidados. Eles foram desafiados, pois se não fizessem viria gente de fora e faria. Marabá vive um momento dramático e nós precisamos continuar avançando nas cobranças da execução da Alpa, pois ela foi um teatro que foi feito em Marabá e que não podemos abrir mão a despeito dos prejuízos e abrir mão da verticalização mineral”. (Assessoria de Imprensa)
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