No período de 29 de maio a 7 de junho, o Hangar
Convenções e Feiras da Amazônia receberá a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro,
que este ano terá como país homenageado o Japão e como patrono o escritor
Ariano Suassuna, morto no ano passado.
O evento vai ocupar uma área total de 24 mil metros
quadrados, que vão receber, entre outros, 219 estandes, 448 editoras, com 37
participando diretamente, e oferecer 96 mil títulos, além de espaço infantil,
praça de alimentação e auditórios.
A escolha do país a ser homenageado celebra a
imigração japonesa no Brasil, iniciada no século XX, com a assinatura do
Tratado de Amizade, Comércio e Navegação entre os dois países. “Este ano vamos
comemorar os 120 anos do processo migratório do Japão para o Brasil,
especialmente em três Estados: Pará, Paraná e São Paulo, que receberam essa
leva migratória de forma mais intensa, com uma rica contribuição para a
história, agricultura, comércio, cultura e indústria”, explica o secretário de
Estado de Cultura, Paulo Chaves.
O autor homenageado, por sua vez, era um velho
conhecido dos frequentadores do evento. “Ariano Suassuna veio seis vezes à
Feira Pan-Amazônica do Livro. Era um entusiasta do trabalho que fazemos aqui”,
ressalta o secretário.
Com uma programação voltada para a valorização da
cultura, a feira vai receber, no Encontro Literário, escritores locais como
Paulo Nunes, João Carlos Pereira, Juraci Siqueira, Claudio Cardoso, Luciana
Brandão, Giselle Ribeiro, Nilson Oliveira e Vasco Cavalcante, além dos jornalistas
Paulo Silber e Marcelo Damaso.
Entre os escritores nacionais estão Daniel
Munduruku, José Castello, Rodrigo Lacerda, Stella Maris Rezende, Cristiano
Mascaro, Ignácio de Loyola Brandão e Oscar Fussato Nakasato. A previsão é que
120 autores locais passem pelo estande do Escritor Paraense, espaço cedido
gratuitamente pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), onde escritores de
vários municípios lançam livros, fazem sessão de autógrafos e promovem outros
eventos que tornam o local uma grande vitrine da produção literária local.
Haverá também um espaço dedicado à Literatura de Cordel.
Debates
Outra programação confirmada é o seminário “Mário de
Andrade e o Modernismo no Brasil”, que vai lembrar os 70 anos da morte do
escritor, que deixou registros da forte relação que desenvolveu com a cidade de
Belém e sua cultura, explica a diretora de Cultura da Secult, Ana Catarina
Brito.
Com relação às oficinas ministradas durante a feira,
que a cada ano recebem uma demanda crescente, a diretora garante que o público
já pode ir se preparando. “Vamos receber Maurício Leite, que traz o seu
trabalho de fomento à leitura, direcionada a bibliotecários, arte-educadores e
professores”, diz ela, acrescentando as oficinas sobre a cultura japonesa: taiko
(tambor japonês), shuji (caligrafia japonesa) e dança japonesa, entre outras.
Também estarão presentes o projeto Biizu, da
Secretaria de Estado de Comunicação (Secom); o Navega Pará, com oficinas como
Introdução à Robótica; e a escritora Stella Maris, com as “Letras Mágicas”.
O Cred Livro, criado pelo Governo do Estado para
estimular o acesso à leitura e também à valorização do servidor, libera este
ano, durante a XIX Feira Pan-Amazônica do Livro, um crédito de R$ 200 para
aquisição de livros, que podem ser adquiridos durante o evento e também nos
salões que ocorrem em Santarém e Paragominas. O recurso vai beneficiar um total
de 20 mil servidores da educação no Pará.
Para atender aos usuários do Cred Livro, durante
toda a feira estará instalado um posto do Banco do Estado do Pará (Banpará) na
Sala Multiuso do Pavilhão de Feiras do Hangar. “O desafio, este ano, é alcançar
o maior número de pessoas, e que elas usufruam desse benefício”, destaca a
diretora de Cultura da Secult.
Em 2014, a Feira Pan-Amazônica do Livro recebeu
cerca de 400 mil pessoas. Ao longo de dez dias, atingiu a marca de 880 mil
livros vendidos e movimentou mais de R$ 16 milhões em negócios. (Alexandra Cavalcanti)
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