domingo, 28 de dezembro de 2014

Sessenta jornalistas morreram no exercício da profissão em 2014

Em seu relatório anual, o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova York, destaca que os últimos três anos foram o período com “o pior saldo de mortes" já registrado pela organização. O comitê ressalta ainda a alta proporção de mortes entre os correspondentes estrangeiros, cerca de um quarto do total.
“Nunca tínhamos visto uma época tão perigosa para exercer a profissão de jornalista”, lamentou o diretor executivo do CPJ, Joel Simon.
O CPJ está investigando ainda a morte de mais 18 jornalistas neste ano para determinar se foram relacionadas com a atividade profissional.
Segundo a organização, a Síria é, pelo terceiro ano consecutivo, o país com maior número de jornalistas mortos no exercício da profissão: 17. Desde o início do conflito armado em 2011, foram mortos no país 79 jornalistas.
O relatório destaca ainda que no Paraguai e na Birmânia registraram-se este ano as primeiras mortes de jornalistas no desempenho da profissão desde 2007. No caso do Paraguai, foram mortos três jornalistas, quando trabalhavam na fronteira com o Brasil.
O CPJ foi criado em 1981 por um grupo de correspondentes norte-americanos com o objetivo de defender os direitos de colegas que atuavam em ambientes repressivos e perigosos.
A primeira campanha resultou na libertação de três jornalistas britânicos presos na Argentina em 1982 durante a cobertura da Guerra das Malvinas. Desde então, a missão do comitê se estendeu não apenas a jornalistas, mas a todos os defensores da importância da informação para uma sociedade livre. (Fonte: Agência Brasil)

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