Em seu relatório anual, o Comitê de Proteção aos Jornalistas
(CPJ), com sede em Nova York, destaca que os últimos três anos foram o período
com “o pior saldo de mortes" já registrado pela organização. O comitê
ressalta ainda a alta proporção de mortes entre os correspondentes
estrangeiros, cerca de um quarto do total.
“Nunca tínhamos visto uma época tão perigosa para
exercer a profissão de jornalista”, lamentou o diretor executivo do CPJ, Joel
Simon.
O CPJ está investigando ainda a morte de mais 18
jornalistas neste ano para determinar se foram relacionadas com a atividade
profissional.
Segundo a organização, a Síria é, pelo terceiro ano
consecutivo, o país com maior número de jornalistas mortos no exercício da
profissão: 17. Desde o início do conflito armado em 2011, foram mortos no país
79 jornalistas.
O relatório destaca ainda que no Paraguai e na
Birmânia registraram-se este ano as primeiras mortes de jornalistas no
desempenho da profissão desde 2007. No caso do Paraguai, foram mortos três
jornalistas, quando trabalhavam na fronteira com o Brasil.
O CPJ foi criado em 1981 por um grupo de
correspondentes norte-americanos com o objetivo de defender os direitos de
colegas que atuavam em ambientes repressivos e perigosos.
A primeira campanha resultou na libertação de três
jornalistas britânicos presos na Argentina em 1982 durante a cobertura da
Guerra das Malvinas. Desde então, a missão do comitê se estendeu não apenas a
jornalistas, mas a todos os defensores da importância da informação para uma
sociedade livre. (Fonte: Agência
Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário